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Os meninos do coro

Escrito por
Clara Silva
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Diversus é o nome do novo coro gay da cidade. E aqui não se bate coro. Mas canta-se, e canta-se bem.

Elvis Presley, Madonna, Katy Perry... O repertório deste coro é bem diferente do da maioria e basta assistir a um ensaio para perceber isso. A ideia aqui é cantar “músicas com as quais a nossa comunidade [LGBT] se identifique bem”, conta o maestro Esteban Etcheverry, o responsável pelo Diversus, o mais recente coro gay de Lisboa.
Esteban nasceu na Argentina e veio para Portugal há poucos anos para dirigir um coro numa escola de música em São Domingos de Rana. “Comecei a cantar em coros aos 8 anos, foi amor ao primeiro ouvido, e sempre tive a ideia de criar algo gay ou gay friendly”, continua.
No Verão deste ano a ideia começou a ganhar forma e foi espalhando a palavra entre amigos de Lisboa e em aplicações como o Grindr, mais conhecidas para engates do que para outras cantorias.
Mas desengane-se quem acha que vem para aqui para bater coro a alguém. “Foi isso que me fez ficar. Neste coro trabalha-se, não é um sítio para conseguir números de telefone de ninguém”, diz Nuno, um dos primeiros a inscrever-se.
Ao todo são cerca de dez meninos do coro (o número promete aumentar) a ensaiar todas as quartas desde o final de Setembro numa sala de dança (os espelhos são importantes para treinar a postura) na Alameda.
No início tinha o nome de Coro de Homens Gay de Lisboa, mas entretanto acabou por ser rebaptizado para Diversus, mais subtil.
É o primeiro coro gay exclusivamente masculino da cidade e até agora os inscritos têm idades entre os 20 e os 40 anos, e várias ocupações, de massagistas a bailarinos da Companhia Nacional de Bailado. Não é preciso ter experiência anterior em coros, “só pedimos um bocadinho de afinação”, diz Esteban. ■

Quartas, 19.30-21.30, na Dança do Saber – Centro de Estudos e Dança. Rua Barão Sabrosa 161-A (Alameda). Inscrições em contacto@diversuscm.com. Mensalidade: 20€/mês.

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