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Panorâmico de Monsanto reabre como miradouro

Escrito por
Luís Leal Miranda
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Foi restaurante de luxo, bingo, discoteca, edifício de escritórios e armazém. Agora, este ovni desenhado pelo arquitecto Chaves da Costa ganha uma nova vida – uma vida bem mais pacata: faz de miradouro, aquela que foi sempre a sua vocação secundária.

A vista de 360º para toda a cidade e a localização privilegiada, no Alto da Serafina, fazem deste prédio devoluto o melhor sítio para ver as vistas em Monsanto. Para quê mentir? É a melhor vista de toda a cidade.

Abandonado desde 2001, o Panorâmico recebia apenas a visita esporádica de exploradores urbanos, turistas, curiosos ou pessoas munidas com latas de tinta para fazer aquilo que as pessoas munidas com latas de tinta fazem.

Desde dia 2 de Setembro que pode ser visitado legalmente e em segurança: a Câmara Municipal de Lisboa retirou o entulho, colocou protecções e em breve vai dar um jeito às paredes cheias de frases como “Não posso viver sem ti Albino”.

Esta não será, no entanto, a forma final do Panorâmico: a última mutação acontecerá no futuro, depois de conhecido o vencedor de um concurso de ideias que a CML promete lançar em breve. Até lá, é aproveitar.

A História

Inaugurado em 1968, o Panorâmico de Monsanto foi durante décadas um dos restaurantes mais chiques da cidade. Projectado pelo arquitecto Chaves da Costa, o restaurante de 7000 metros quadrados servia a elite lisboeta – que é o mesmo que dizer a elite do Estado Novo. Fechou em 2001 e desde então é assunto de especulação entre os lisboetas e arma de arremesso nas eleições autárquicas. Serviu de cenário para videoclips, fez parte do filme/ensaio Ruínas, de Manuel Mozos, já esteve para ser quartel dos Bombeiros, mas só agora, 16 anos depois, volta à vida.

Miradouro do Restaurante Panorâmico de Monsanto, Alto da Serafina, todos os dias das 09.00 às 19.00. Entrada livre

Quarta-feira, descubra na bancas uma edição da Time Out Lisboa dedicada a Monsanto. 

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