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Seis perguntas a Kode9, que passa música esta sexta no MusicBox

Escrito por
Miguel Branco
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O DJ e produtor escocês com quase trinta anos de carreira, do jungle ao footwork, toca esta sexta-feira no MusicBox. Falámos com Kode9, por email, e este é o resultado.

Quando e como começou na música? Há algum antecedente familiar?

Cresci em Glasgow, mas comecei a tocar em Edimburgo, era 1991. Depois, já em Londres, em 1995, comecei a produzir. Quando comecei a pôr discos passava de tudo, desde jazz e funk dos anos 70 até ao house e hip-hop. Quando comecei a produzir foi mais jungle.

Ok, tocava coisas bastante abrangentes, houve alguma altura em que percebeu que tinha a sua assinatura achada?

Muitos dos estilos que toquei nos últimos vinte anos misturaram, de certa maneira, hip-hop com house e com techno, com tempo para passar pelo dubstep, grime e footwork.

Como define o seu estilo actualmente?

Tenho sido bastante influenciado, quer na produção, quer no DJing, pelo footwork de Chicago. Não faço footwork puro e duro, mas a influência é muito forte.

Teve um papel essencial no desenvolvimento da cena dubstep e drum’n’bass no Reino Unido. Como está hoje em dia?

Não sei ao certo. Desde que me afastei dessas sonoridades, lá para 2010, que não sigo o movimento.

A editora que fundou, a Hyperdub, é a casa de artistas como The Bug, Burial, Fatima Al-Qadiri ou DJ Rashad. Estrutura relevante.

Começou em 2001, como revista online, para abordar a influência jamaicana na música electrónica em Londres, sobretudo em relação ao dubstep e ao grime. Em 2004, mudou para uma editora, no fundo, para editar a minha música. Desde essa altura que temos aberto portas a vários artistas na electrónica.

Formou-se em filosofia. Como é que um DJ se torna filósofo?

Sou DJ desde o meu primeiro ano de curso. Desde essa altura que a minha música e a minha pesquisa se têm contaminado mutuamente em alguns momentos. Prova disso é o meu livro Sonic Warfare, editado em 2009.

+ É sexta-feira!

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