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Talanti: presentes personalizados e um diário gráfico muito especial pelos 10 anos da Time Out

Escrito por
Catarina Moura
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Pode dar uma música sem saber cantar, ou uma coreografia mesmo sendo pé de chumbo. Pedimos ajuda à Talanti para oferecer uns retratos à Time Out Lisboa pelo 10º aniversário.

Lígia entra na redacção cedinho e fica logo à vontade. De papel, caneta e lápis na mão, todos reparam nela. Puxa uma cadeira aqui, outra ali, salta de lugar dezenas de vezes — tudo para conseguir ter várias perspectivas sobre toda a gente. Desenha rapidamente e, ao final da manhã, já acumula duas mãos cheias de desenhos, prontos para serem pintados a aguarela. Apanha discussões, reuniões e palhaçada – mais palhaçada do que discussões e reuniões. Pela hora do almoço, tem os retratos da redacção da Time Out Lisboa prontos, um presente especial e exclusivo para os 10 anos da revista.

Lígia F é uma das artistas a trabalhar com a Talanti, empresa que ajuda os clientes a criar presentes personalizados e faz a ligação entre criadores de várias áreas e alguém que não está para sair para as lojas na véspera de Natal para tentar remediar a troca de prendas da consoada. “Tinha imensos amigos artistas e pensei que era óptimo encontrar um projecto para divulgar o trabalho deles”, conta Beatriz Cardoso sobre o início da Talanti. A fundadora da plataforma, que funciona apenas online, vem das áreas da gestão e do marketing e percebeu que os ilustradores, músicos e escritores que conhecia podiam prestar um belo serviço.

“A ideia é criar presentes com mais envolvimento. As pessoas muitas vezes têm ideias, mas não sabem concretizar, não sabem desenhar ou cantar”, exemplifica. Na curta vida da Talanti, que arrancou em Abril, já se compôs música para um poema que estava escrito para uma festa de 40 anos – foi só entregar à dupla Chá Dançante, que Gonçalo e Sofia trataram do resto (250€); e já se surpreenderam pessoas com a história da sua própria vida escrita e declamada (280€) – Elsa Serra faz um par de reuniões com amigos e família do presenteado e quando chega a altura da festa a sua prestação é o presente. “Também damos uma impressão da história, mas o momento é que é super-emotivo”, garante Beatriz.

O pedido mais comum é mesmo a ilustração, embora haja um leque de hipóteses variadas dentro da Talanti, que Beatriz ainda quer alargar. É possível oferecer uma espécie de Querido Mudei a Casa sem câmaras, com a remodelação de uma divisão de alguém, uma coreografia ou uma cerâmica personalizada.

As ilustrações feitas com base numa fotografia ou o desenho ao vivo estão sempre a sair das mãos de Ana Mouralinho, Maria Boavida ou Lígia F, que normalmente fica com o pelouro dos diários gráficos, muito pedidos para casamentos. “É uma desculpa para conhecer pessoas e desenhá-las, embora aqui tenha de ser muito rápida”, explica a artista enquanto pinta uma das jornalistas que saiu do lugar, foi à sua vida e acabou por ficar com os contornos da cara incompletos. “Nos casamentos tenho a regra de parar quando se corta o bolo de noiva, porque aí as pessoas já estão muito avançadas, já beberam muito”, revela Lígia entre risos. A este nível, a redacção até estava bem-comportada. Parámos os desenhos só porque nos deu a fome.

Lígia F

Começou por estudar Economia, mas aos 30 anos apercebeu-se que queria mesmo era desenhar. Agora estuda desenho nas Belas Artes. Tanto pode passar três meses de volta de uma obra como cinco minutos, e este último caso é o ideal para conhecer pessoas. Numas das suas residências artísticas fez mais de 40 retratos de gente de Castelo de Vide e gravou áudios das conversas. Expôs as duas coisas em simultâneo.

www.talanti.pt. 91 995 7208.

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