Nazaré - Visto do Sítio
Photograph: Arlindo Camacho
Photograph: Arlindo Camacho

As melhores praias do Oeste

Sugerimos várias praias numa zona aonde o Inverno costuma ir passar as férias grandes: o Oeste.

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Nem sempre é fácil avistar uma praia na zona do Oeste quanto mais pôr os pés na areia. Mas nos momentos em que o sol aparece são as melhores para se estar. Os areais são extensos, há a devida distância social, o mar convida a mergulhos ou desportos com prancha (surf, windsurf, stand up paddle e afins), e das esplanadas dá para ver o sol a ir para a cama mais tarde. Siga as nossas dicas – e o ponto cardeal que aponta para o Atlântico – e viaje pela costa, entre a Ericeira e Torres Vedras. E atire-se às melhores praias do Oeste.

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As melhores praias do Oeste

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Garret McNamara ganhou na Nazaré quase tanta fama como a Nossa Senhora. As peregrinações ao local onde o havaiano surfou o “canhão da Nazaré”, onda com mais de 30 metros, rivalizam com as visitas ao Santuário. “Bem-vindo às maiores ondas do mundo”, lê-se à chegada da Praia do Norte. Afinal, estamos a falar de um acidente geomorfológico raro, o maior da Europa e um dos maiores do mundo. Mas, com ou sem ondas, vale a pena adoçar a boca com “o melhor arroz doce do mundo”. Segundo McNamara, é no restaurante Celeste. 

COMO CHEGAR: Fica a Norte da Nazaré. Siga as direcções até ao Forte.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Para além do óbvio, visite o Forte de S. Miguel Arcanjo, um monumento que se tornou no principal posto de observação das ondas grandes na Praia do Norte, até porque inclui o Centro Interpretativo do Canhão da Nazaré, a Surfer Wall e várias conteúdos expositivos periódicos.

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Uma praia onde ainda pode encontrar-se com alguém na Bola Nívea é uma raridade nos dias que correm e na Nazaré, não fossem os preços em euros ou os tuk-tuks, e poderíamos pensar que tínhamos recuado aos anos 90. As fileiras de barraquinhas de praia (viradas umas para as outras e não para o mar, como manda a lei do convívio) são uma das características principais deste areal. 

COMO CHEGAR: De Lisboa, pela A8, a viagem demora 1h20 e não tem nada que saber. 

JÁ QUE AQUI ESTÁ: O Sítio, com uma das mais conhecidas panorâmicas da costa portuguesa. São 318 metros de rocha a cair a pique até ao mar, a que se chega a pé, para os mais corajosos, ou subindo de ascensor. No alto, encontra a pequena Ermida da Memória, onde se conta a lenda do milagre que Nossa Senhora fez impedindo o cavalo de um fidalgo, D. Fuas Roupinho, de se lançar no precipício. Verdade ou não, no Miradouro do Suberco verá o sinal deixado na rocha pela ferradura, nessa manhã de nevoeiro de 1182.

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Um paraíso para famílias numerosas, São Martinho do Porto é onde os primos e os primos afastados se juntam todos os anos numa barraquinha de praia que serve de abrigo para os dias menos bons (que são muitos). Uma espécie de San Sebastián à portuguesa, a baía em forma de concha com o mar calmo, uma raridade no Oeste, é ideal para quem tem miúdos. Aproveite para experimentar o restaurante de praia Cima d’Água, numa estrutura de madeira que é um barco virado ao contrário.

COMO CHEGAR: Siga pela A8 e seja obediente às indicações.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: O Miradouro de São Martinho do Porto. A partir desta elevação é possível avistar-se toda a baía de São Martinho do Porto, um acidente geográfico que, pela sua forma, em concha perfeita, é único no país e na Europa. Possui três quilómetros de areal e uma barra com 250 metros de abertura, entre os Morros de Santana a sul e do Farol a norte.

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Sabe o que é o “duning”? É a prática de descer dunas de vários metros com uma prancha. Na da Praia de Salir do Porto, com 50 metros, os treinos já começaram. Primeiro há que escalar até lá acima, esforço recompensado com a vista para a baía de São Martinho. Na praia, as águas são calmas.

COMO CHEGAR: A Praia de Salir do Porto encontra-se na zona baixa da aldeia de São Martinho. Basta seguir as indicações. 

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Nas arribas litorais de Salir do Porto, encontra uma jazida de icnofósseis, como quem diz que está cheia de pegadas de dinossauros. Na mesma zona da Serra do Bouro, há ainda outras duas jazidas: a das Pedras Negras e a de Currais Velho.

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É uma espécie de minotauro das praias: numa metade é banhada pela Lagoa de Óbidos, noutra tem o Oceano Atlântico. As dimensões variam consoante as marés, as chuvas e outros caprichos meteorológicos, mas esta é sem dúvida uma boa praia para quem não é “nem tanto ao mar nem tanto à terra”. Sugestão de passeio: o Passadiço da Foz do Arelho ao pôr-do-sol.

COMO CHEGAR: Abandone a A8 na saída 14, passe pelas localidades de Amoreira e Vau e fique atento às setas. 

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Os Passadiços da Foz do Arelho. São apenas 800 metros (contra os oito quilómetros de Paiva), mas a paisagem é muito bonita e, em dias de céu limpo, a visibilidade é muito ampla.

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Com vista para a foz do Arelho, a Lagoa de Óbidos é uma das mais bonitas do país – e uma das menos exploradas. Por enquanto continua a ser um segredo bem guardado dos praticantes de desportos náuticos, do kitesurf ao paddle surf, e dos que praticam essa grande modalidade do bem comer quase com os pés de molho. Entre a lagoa e o mar fica a Praia do Bom Sucesso, uma das mais frequentadas na zona, até porque é um dos poucos sítios onde se consegue dar um mergulho sem grandes ondas. Ainda assim cuidado com as correntes.

COMO CHEGAR: Fica na margem sul da Lagoa de Óbidos.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: A Ponta do Espichel, perfeita para quem quer ir à pesca.

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Há quem chegue à praia de bicicleta, percorrendo os três quilómetros planos entre Peniche e o Baleal. A praia divide-se em duas baías, uma mais calma para mergulhos e para surfistas em início de carreira.

COMO CHEGAR: A partir de Peniche, siga em direcção ao Baleal. Também pode dar ao pedal e ir de bicicleta, pela ciclovia.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Tudo no Baleal, incluindo as festas do Surfer's Lodge, no terraço, com bar e uma bela vista sobre a ilha. Aponte na agenda: sextas-feiras, das 18.00 às 21.30.

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A capital da onda tornou-se o sítio com mais surfcamps por metro quadrado do país e até o antigo presidente da Câmara foi eleito “o mais cool” pelos surfistas do campeonato do mundo, que desde 2009 ali tem uma etapa. É na Praia de Supertubos (também conhecida como Praia do Medão), normalmente a acontecer em Outubro. A praia ganhou fama mundial pelas suas ondas tubulares, que atraem praticantes de surf e bodyboard de todas as partes. Ao lado, a praia do Molhe Leste é mais indicada para banhos.

COMO CHEGAR: A8, sempre A8, sempre com indicações.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Em Peniche, o que não falta são atracções para ver, como a Gruta da Furninha, uma gruta natural na vertente sul da península de Peniche, entre o Forte de Peniche e o Cabo Carvoeiro.

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A esplanada do Noah, na Praia da Física, foi considerada pelo The Guardian uma das 10 melhores de Portugal. O restaurante de madeira pertence ao hotel de luxo Areias do Seixo, ali nas redondezas, de onde transporta hóspedes, que são a maior parte dos clientes. Com toldos às riscas, uma das imagens de marca do Oeste, é uma praia digna de capa de revista – aliás, já lá que fotografámos uma capa da Time Out.

COMO CHEGAR: Fica no centro de Santa Cruz, quase no início da Avenida do Atlântico. O acesso faz-se junto a uma rotunda bem sinalizada.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: A 32 minutos de carro, vale a pena visitar a Aldeia Museu José Franco, uma aldeia de sonho perto de Lisboa que conta com uma adega onde se podem provar vinhos e o famoso pão com chouriço da região.

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“Ir ver o mar”, esse desporto nacional, a actividade mais praticada aos domingos depois de uma comezaina, versão balnear do clássico “desmoer” que também é conhecida por um nome mais pejorativo: “Passeio dos tristes”. Em Santa Cruz, o melhor sítio para o praticar é esta praia-postal na base de uma arriba e adornada por um conjunto de rochas, um trabalho da mãe natureza em colaboração com o que parece ser uma turma do primeiro ano de Olaria. É a preferida dos garotos porque o mar é amansado por uma pequena baía. E é detestada por pessoas com problemas nas articulações por causa da sua interminável escadaria.

COMO CHEGAR: A8 até Torres Vedras, placas até Santa Cruz. Siga indicações para o Aeródromo e vá andando em direcção ao mar.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Na direcção sul do areal, a certa altura dará por si na Praia das Amoreiras. Aí procure pelo Miradouro do Alto da Vela. Da Formosa ao miradouro são mais ao menos 12 minutos a pé. 

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  • Mafra/Ericeira

Há quem lhe chame “O Algarve” pelas semelhanças térmicas com essa região do Sul de Portugal. Motivo: as arribas que ladeiam a praia protegem-na da inclemente nortada e formam um nanoclima (um clima dentro do microclima).

COMO CHEGAR: Finja que está a ir para a Ericeira (aquela combinação de A8 com A21) e continue sempre em frente, ignorando Ribeira D’Ilhas e São Lourenço até encontrar as indicações para a Calada.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Se estiver com vontade de fazer uma caminhada, nem precisa de sair do areal para rumar até ao Miradouro Oceano Atlântico. 

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  • Mafra/Ericeira

A praia de São Lourenço tem uma areia invulgarmente grossa mas é famosa sobretudo pelas ondas. Boa praia para o paddle, aquele desporto moderno das jangadas em que as pessoas parece que estão a gozar com os náufragos.

COMO CHEGAR: Faça o seu percurso preferido até à Ericeira e vá por aí fora até achar as indicações.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: A sul da praia, localiza-se o Forte de Santa Susana. Construído no século XVII por ordem de D. João IV, pouco resta da sua estrutura inicial, mas vale a pena a visita uma vez que foi um dos muitos fortes costeiros projectados para proteger o país contra as invasões espanholas e piratas.

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  • Mafra/Ericeira

Para quê gastar tempo e dinheiro a viajar até à Califórnia se se pode pegar no carro, passar por Baleia, A-do-Pipo e Carne Assada e chegar a Ribeira D’Ilhas, o areal mais cosmopolita do Oeste? O surfcamp é ideal para quem se quer iniciar na vida anfíbia.

COMO CHEGAR: Vá até à Ericeira, ignore a Ericeira e siga até à descida para Ribeira d’Ilhas. 

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Convém lembrar que mesmo ali ao lado, na Ericeira, comem-se dos melhores pastéis de nata de Portugal. Vá conferir o título atribuído em 2017 à pastelaria O Pãozinho das Marias. 

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  • Mafra/Ericeira

É uma praia semi-abrigada dos ventos do Oeste graças ao Lizandro, rio com nome de cantor romântico brasileiro que escavou um vale naqueles montes. É um areal grande, perto da Ericeira, frequentado por famílias e os omnipresentes surfistas. Desaconselhamos os banhos no rio. Se quer fazer degustação de pirolitos, faça-o no mar.

COMO CHEGAR: Faça o caminho até à Ericeira sem chegar à Ericeira. A Foz do Lizandro fica exactamente antes, no sentido sul-norte.

JÁ QUE AQUI ESTÁ: Vá experimentar, a sul, do outro lado do rio Lizandro, o Trilho de São Julião. E depois dê um saltinho ao Forte de São Julião da Ericeira. Construído a 74 metros de altitude foi concebido para uma guarnição de 350 soldados.

Outras praias onde vai querer mergulhar

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É um clássico, na verdade. Nunca sabemos muito bem como estará o tempo em Sintra, mas seja qual for o cenário, os índices de beleza prometem compensar todos os banhistas sem excepção.

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