lisbon beer district
ManuelMansoBruno Carrilho, Susana Cascais e António Carriço: os vizinhos do Lisbon Beer District em Marvila
ManuelManso

Bairro do ano: Marvila

Esta história é como a d’O Senhor dos Anéis: à terceira recebe o Óscar. Marvila é como um puzzle que foi ganhando (boas) peças, para este ano finalmente merecer a distinção. É que mais depressa come no El Bulo se a seguir puder beber Musa.

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Até há pouco tempo, era o ponto cardeal mais desprezado de Lisboa, mas em 2017 foi o bairro mais mexido da cidade. Eis cinco desculpas para rumar ao bairro da moda e descobrir Marvila. 

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Bairro do ano: Marvila

1. Tanta cerveja

Em 2015 abriu a Dois Corvos, no ano seguinte a Lince e este foi o ano da Musa. As cervejas artesanais lisboetas e respectivas fábricas instalaram-se em Marvila a apenas alguns metros de distância, recuperando o espírito industrial do bairro. E juntas criaram este ano o bem regado Oktober Festa. Com isto criaram o Lisbon Beer District e as três marcas prometem futuros eventos sempre que se justificar.

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2. Uma Marvila mais mexida

A primeira grande escalada desportiva, após a fundação do Clube Oriental de Lisboa em 1946, foi a inauguração do Vertigo Climbing Center em 2014, o local mais radical do bairro, com 300m2. A concorrência chegou há dois anos com o Spot Real, a primeira academia de parkour do país.

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3. Conquistar pelo estômago

Quando o restaurante Entra entrou na Rua do Açúcar em 2010 , Marvila ainda não era, como se diz, o bairro da moda. Foram precisos quatro anos para chegar outro notável, o Dinastia Tang, que ocupou uma antiga fábrica de vinhos. O efeito bola de neve trouxe o ano passado o El Bulo Social Club, o restaurante de Chakall onde cabe uma loja com produtos argentinos, e Aquele lugar que não existe, um restaurante com uma ementa de vários cantos do mundo e que tem alergia às redes sociais. Em 2017, Henrique Sá Pessoa instalou mesmo em frente à Galeria Underdogs um atelier de pesquisa. 

4. Decorar a casa. E o corpo

Também em Marvila já não encontra muitas casas a bons preços, mas pode aproveitar o bairro para decorar a sua casa, seja lá onde ela for. A Galeria Filomena Soares (que na verdade é no Beato) acreditou em Marvila em 1999. Uma década depois, chegou companhia com a Underdogs10, a galeria de Vhils que deu à cidade algumas memoráveis exposições. Se está a mesmo a precisar de mobiliário e acessórios de decoração, o Cantinho do Vintage resolve desde 2014. O que também resolve, mas em tatuagens e cortes de cabelo, é o Damage InKorporation, um estúdio de tatuagens cheio de personalidade, onde encaixou mais uma Barbearia Oliveira.

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5. Há festa em Marvila

Foram muitos os anos de isolamento da Fábrica Braço de Prata. Só há três é que abriu outro apelativo centro cultural, o EKA Palace (Beato), recheado de exposições, aulas de dança, festas e afters. Já este foi o ano do Capitão Leitão, o bar da loja de discos mais pequena da cidade. Na noite da passagem de ano inaugura o destino nocturno East Houseno mesmo espaço do restaurante Beatus.

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Best of 2017

  • Coisas para fazer

A Rua dos Bacalhoeiros é a rua do ano para a Time Out. Há um Campo das Cebolas renovado, há restaurantes de chefs, eclairs, pequenos-almoços da moda e um mundo a descobrir. A Rua dos Bacalhoeiros é cada vez mais um local para comprar, para comer e para passear. 

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