Cinco segredos sobre o Jardim Botânico da Ajuda

São 3,5 hectares de área verde plantada no meio da cidade.
Jardim Botanico da Ajuda
©DR
Time Out em associação com Klorane
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O Jardim Botânico da Ajuda é o mais antigo jardim de Portugal desenhado com o fim de manter, estudar e coleccionar espécies do mundo vegetal. Hoje, funciona como um pequeno pulmão de Lisboa, com efeito despoluente sobre a cidade. É uma maravilha desconhecida de muitos, que ainda guarda uns poucos segredos.

1. 

Foi mandado plantar em 1768 por D. José I, que queria muito ter um jardim destinado aos estudos dos seus filhos. Um investimento em educação que, 250 anos mais tarde, Lisboa agradece. Hoje, o Jardim permanece um espaço de aprendizagem: mantém uma colecção de 1640 plantas, um Banco de Conservação de Sementes, um laboratório onde pode observar os órgãos das plantas à lupa e um destilador para extrair óleos essenciais. Ah, e é aberto a toda a gente, não é preciso ser Príncipe.

2. 

No centro do tabuleiro inferior do Jardim está a Fonte das 40 Bicas, um vistoso monumento que ocupa perto de 150 m2. A escultura está decorada com figuras de animais, entre cavalos-marinhos, rãs, patos e muitas serpentes. É consagrada à Virgem que, reza a lenda, muitos séculos antes aqui apareceu para prestar auxílio a um pastor em aflições. Precisamente o que está a pensar: a Nossa Senhora da Ajuda.

3. 

O espécime mais antigo da colecção é um dragoeiro que já era velho quando o espaço foi criado, há 250 anos. Tem mais de quatro séculos e terá pertencido à colecção original de Domingos Vandelli, o botânico italiano que desenhou o Jardim e foi o seu primeiro director.

4. 

Aqui, mesmo quando os olhos não vêem, o coração sente. O espaço Jardim dos Aromas é especialmente desenhado para invisuais, com tabuletas em Braille e plantas expostas de forma a que possam ser cheiradas e tocadas.

5. 

O Jardim dos Aromas é a casa de plantas aromáticas e medicinais onde se guarda um outro segredo: é o único sítio em toda a cidade onde pode encontrar a Menta Aquática. Também conhecida como hortelã-da-água, é uma planta com propriedades antipoluentes, capaz de reduzir os contaminantes na água. É a mesma planta que encontra na nova gama eco-responsável Menta Aquática, da KLORANE. E que tem sobre o cabelo um efeito purificador semelhante ao que o Jardim Botânico da Ajuda empresta à cidade em seu redor.

Há mais de 50 anos que Klorane cuida de si enquanto cuida da Natureza. Diariamente, o seu compromisso é: cultivar com respeito, preservar os recursos, revelar as virtudes dos seus cuidados botânicos fabricados em França. A marca decidiu lançar uma gama detox eco-responsável, que visa proteger o nosso cabelo da poluição, tal como o Jardim Botânico faz pela nossa cidade.

“Estamos a despoluir cabelos e rios com a mesma planta”

Anne Laure é doutorada em Farmácia e directora-geral da KLORANE, onde trabalha há quatro anos. Tem formação em Marketing Intelligence, um amor militante pelo planeta e acredita que a marca tem plantado sementes para preservar a biodiversidade à escala global.

Muitos não sabem que a dermocosmética nasceu com a Klorane nos anos 60. E desde então percorreram um longo caminho que inclui a Fundação Klorane. Qual foi o gatilho para a sua criação?
Tudo começou há 50 anos num pequeno laboratório que produzia sabonetes a partir de plantas, no Leste de França. E que depois decidiu fazer também champôs. Foi de facto o início da dermocosmética.

Os champôs eram os de camomila...
Sim, exactamente.

Um produto ainda hoje vendido pela KLORANE.
Sim, 50 anos depois. E funciona muito bem, principalmente em cabelos loiros. A fragrância é muito agradável. Bom para as crianças e para toda a família e tem um ligeiro aroma a mel.

A Anne é farmacêutica e também marketeer. Como se enraizou neste mundo das plantas?
No início não tinha um plano. Comecei os meus estudos em Farmácia e não me estava a imaginar a trabalhar numa farmácia de rua. E pensei que o mercado da comunicação seria perfeito. Soube que tinha sido uma boa escolha quando comecei a trabalhar na KLORANE, porque é uma marca baseada na dermocosmética, algo seguro, feito em farmácia e dedicado ao ambiente.

É um tema fundamental para si?
Sim. Quando estou com os meus filhos ensino-lhes como proteger o planeta. E graças à Fundação KLORANE tenho muitos livros sobre plantas. Lemos os livros no meio da natureza, a tentar identificar as plantas, percebendo qual é qual. É muito interessante.

A Fundação KLORANE tem precisamente por missão não só plantar sementes na terra como plantar sementes na educação dos mais novos. É assim que se salva o mundo?
Na minha equipa de marketing costumamos dizer que esta geração é amante da Natureza. Temos de salvar o planeta e a minha geração não fez nada, mas esta vai fazer. Sinto algo diferente. Eles sentem-se envolvidos. Esse é o trabalho da Fundação KLORANE desde há 25 anos e já chegou a 600 mil crianças. E esse é apenas um dos programas, o Graine de Botaniste. Estamos também a disponibilizar recursos educativos ligados ao ambiente a professores do ensino básico em países como os EUA, Canadá, Singapura, China, em França claro, uma vez em Portugal e começámos agora em Espanha.

A última gama de produtos é à base da planta Menta aquática. Uma planta que depois de muito investigar encontrámos em Lisboa, num cantinho do Jardim Botânico da Ajuda. De onde vem afinal essa planta?
A Menta aquática cresce geralmente à volta dos rios. Quando os investigadores olharam para as raízes viram que tinham chumbo. E pensaram que, provavelmente, isso acontecia porque a planta estava a despoluir a água. Percebeu-se que é essa a realidade. Pensámos então em tentar usar a folha nos nossos produtos, porque poderia agir da mesma forma na pele e no couro cabeludo. E percebemos que era também o caso. Estudos individuais que fizemos provaram que dentro da fibra capilar foram extraídas partículas finas de poluição usando regularmente a planta. E assim despoluímos o cabelo e despoluímos a Natureza através do trabalho da Fundação KLORANE. Fico orgulhosa quando falo nisto, porque em paralelo a Fundação KLORANE decidiu despoluir um rio na região de Cévennes, em França, aplicando precisamente as raízes de Menta aquática. Estamos a despoluir cabelos e rios com a mesma planta.

E estão a construir uma Grande Muralha Verde no Senegal, com a plantação de 10 mil tamareiras por ano no Sahel. É o exemplo de um muro que tem de ser erguido?
Sim e trabalhamos muito com o CNRS (Centro Nacional da Investigação Científica) em França e temos parceiros na Alemanha e noutros países que estão envolvidos neste projecto, é muito interessante. E foi galardoado pela UNESCO.

Este é o projecto que promove o cultivo do cupuaçu na Amazónia, também usado em produtos KLORANE.
É um projecto interessante, porque a vocação da Fundação KLORANE é partilhar conhecimento. Neste caso, tentámos perceber como poderíamos ajudar a população local a preservar a biodiversidade e mantê-la na Amazónia. Encontrámos habitantes que colhiam cupuaçu e explicámos que também tinham de plantar açaí e outras plantas para manter essa diversidade, não podem ter só uma grande colheita de cupuaçu e mais nada à volta. É uma lição sobre a importância da diversidade.

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