Edifício dos Leões

Quem se questionava o que guardava o edifício imponente do número 88 da Rua do Ouro que serve de sede ao Banco Santander, vê agora o mistério resolvido. O Edifício dos Leões, nome que ganhou agora com a nova vida, vai funcionar enquanto espaço cultural que conta o história do banco e parte da sua colecção de arte, passando a receber também exposições temporárias. São três pisos que contam a história do banco com recurso a infografias, materiais do antigamente como cheques, relatórios de contas e até os famosos selos brancos. Nos pisos superiores a história continua a ser contada, mas reconstituição de outros tempos é coisa séria: as salas da sede voltam a ser aquilo que eram outrora, ora escritórios de administradores bancários, ora salas de reuniões ou de arquivo. Há uma das divisões que recria um antigo balcão de atendimento, numa experiência imersiva com som e pedidos dos clientes a soarem bem alto. As paredes de cada divisão são decoradas com alguns dos nomes mais expressivos da pintura portuguesa do século XX, como Souza Pinto, Silva Porto, José Malhoa, Almada Negreiros, Vieira da Silva, Arpad Szenes, Menez ou Júlio Pomar. Os quadros fazem parte da colecção privada do banco e agora vêem a luz do dia, muitos deles pela primeira vez.