Já é tradição que antes da verdadeira Mistura acontecer, na Ribeira das Naus, haja sempre uma Pré-Mistura. Esta acontece no B.Leza, às 22.00, e começa numa conversa para acabar num DJ set. À volta da mesa juntam-se Vítor Belanciano, Núria Rito Pinto, Carlos Martins e o DJ Johnny, que discutem a necessidade de desenvolver uma linhagem de influências do ponto de vista da música, isto porque muito do que é feito agora em Portugal tem origem em sons, músicas e formações de outras décadas, em países africanos de expressão portuguesa e Brasil. No fundo, discute-se a sistematização dessa narrativa em música.
Abrir as portas de Lisboa para deixar entrar o mundo mesmo à beira-Tejo. Arranca esta quinta-feira mais uma edição do festival Lisboa Mistura e, até domingo, por lá fica na Ribeira das Naus para aquele que é um encontro entre ritmos e culturas do Mediterrâneo e do espaço ibero-americano, a preço zero.
Este ano, o Lisboa Mistura volta a integrar a programação das Festas de Lisboa para celebrar o Dia de Portugal, a 10 de Junho. “Celebrar este dia é tentar quebrar preconceitos. Precisamos de criar uma nova perspectiva de comunidade, e nós acabamos por ter um papel educativo através de um simples festival”, diz Carlos Martins, da Associação Sons da Lusofonia, que organiza o festival em parceria com a EGEAC.
Como nas edições anteriores, o Lisboa Mistura dedica o primeiro dia a uma Pré-Mistura, no B.Leza, e só depois se muda de armas e bagagens para a Ribeira das Naus, para usar a música e a cultura urbana como ponte para as dimensões sociais e políticas que integram o cosmopolitismo da cidade.
E festival não é festival sem ter uma zona dedicada à street food, para aconchegar o estômago depois de bater o pé no chão ao som dos ritmos do mundo. Conheça o plano de festas que lhe traçámos.