José Álvaro Morais, para quem se lembra, foi um realizador discreto e gracioso. O que provavelmente contribuiu para o seu esquecimento, mas não impediu a poesia que usou como meio de transporte para o ecrã de permanecer vívida nos seus poucos filmes.
Reconhecendo a diferença e a riqueza da obra do realizador, que reside na “reconciliação de aspectos ambíguos e com vários sentidos que encontramos nas relações que estabelece entre a ficção e o documental”, a Cinemateca programou este ciclo que permite conhecer uma obra singularmente rara no cinema português. Para começo de conversa, por assim dizer, esta sessão inicial conta com a projecção de Peixe-Lua, que inclui uma conversa com os actores Beatriz Batarda, Luís Miguel Cintra, Marcello Urgeghe e Ricardo Aibéo, mais o produtor Paulo Branco, e ainda a apresentação de Quaresma.