É aquele dia de saldos fora de época, aquela oportunidade de aviar mais de metade dos presentes de Natal, a tal importação norte-americana que gera um surto de febre consumista. Escudo e armadura? Para as compras de sexta-feira, talvez não seja preciso chegar a tanto. Convém ter método, isso sim, e seguir algumas das dicas (ou mesmo todas) que lhe deixamos para sobreviver à Black Friday.
A boa da lista
Torna tudo mais rápido e eficiente e evita distrações. Aproveite a véspera da Black Friday para fazer uma lista de tudo o que precisa de comprar (ou quer comprar, vá) e tente ser o mais específico possível. É que calças de ganga, há muitas, por isso, saber qual o modelo, de que marca são e quanto custam só vai ajudar.
Saber quais as lojas e quais os descontos
Nesta, damos uma ajudinha. Já sabemos onde é que toda a gente cai no primeiro dia dos saldos. Na Black Friday não há-de ser diferente. Não lhe vamos dizer para fazer fila à porta (deixe isso para os americanos, que aquilo lá é que vira tudo o Texas). A Zara já comprimiu tudo nos expositores, de uma maneira que ninguém diria que é só para uns singelos 20 por cento. A Oysho vai pelo mesmo caminho e ainda oferece o envio para quem preferir aproveitar os descontos no conforto do lar ou entre reuniões, no escritório. Na H&M, a Black Friday é, na verdade, um fim-de-semana negro. Os 20 por cento chegam na sexta-feira e ficam até domingo e só mesmo o que resta de Kenzo na loja online é que fica de fora. A Mango fica-se pela sexta-feira, também com 20 por cento. O El Corte Inglés também não quer cá prolongamentos e leva os descontos até aos 50 por cento em todas as secções.
Um roteiro, porque não?
A menos que tenha a sorte de ter todas as capelinhas no mesmo quarteirão, mais vale definir logo a casa partida e onde será a meta. A partir das três paragens, mais vale ter onde ir deixando as compras, não vá ficar entalado num corredor por excesso de bagagem. Se estiver a prever uma verdadeira maratona, seja precavido. Comece pela Sport Zone, aproveite os descontos até 50 por cento até segunda-feira e equipe-se a rigor.
Tecnologia, sempre
Mais do que as modas, são as engenhocas que valem a pena. A Fnac chega aos 50 por cento de desconto, em marcas como Apple, Samsung, Canon, Asus, Sony, GoPro e PlayStation. Quem tem o cartão da casa, não tem de esperar por sexta-feira. Para esses, o festim começa na véspera, a partir das 21.30. Não se esqueça de comparar preços com a Worten, que também alinha na brincadeira, e com a Media Markt, que começa já na quinta-feira e só põe fim à sexta-feira na segunda. A Radio Popular esquece que existe uma coisa chamada IVA e, durante o fim-de-semana, faz um desconto de 23 por cento em todos os produtos.
As horas fáceis
Escusado será dizer que pela fresca é que se anda bem às compras. Em podendo, programe a investida para as 10.00. Está tudo mais arrumado e os stocks ainda intactos.
Descontos sobre descontos
Quando o jetleg está forte (o que num centro comercial chamado Freeport até se entende) acontecem destas coisas. Confunde-se a quinta com a sexta-feira, tudo fica black, tudo fica crazy e black crazy e crazy black. No outlet de Alcochete, juntam-se os descontos todos e faz-se a festa da pechincha até domingo. Entre as marcas que aderiram estão a Converse, a Diesel, a Nike e a Vans e os descontos vão até aos 80 por cento.
Comprar online
Parte das dicas que lhe fomos dando até agora são bem escusadas se optar por ficar à secretária. Da tecnologia à moda, as promoções estendem-se às lojas online e, em alguns casos, ainda se escapa das despesas de envio. Além disso, tem sempre aquelas que só mesmo clicando. Espreite as melhores lojas online e aproveite as maiores pechinchas.
Quanto mais pequenas, melhor
Atenção, não são só as grandes multinacionais que alinham na Black Friday. Nuno Gama começa os descontos nos 20 e só pára nos 60 por cento. Na sexta e no sábado, a SAL Concept Store vai pelo mesmo caminho. A portuguesa Vertty vai estar com 50 por cento nas toalhas de praia (já ficam para o ano), 30 nos biquínis e 20 nas novas mochilas.