Horóscopo Literário
Colagem por Maria Ghira
Colagem por Maria Ghira

Escrito nos astros: os melhores livros para cada signo do Zodíaco

À laia de biblioterapia, temos sugestões de leitura para cada signo. Que os astros vos protejam.

Raquel Dias da Silva
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Um novo ano não nos traz só oportunidades; também renova desafios e, pior, receios, daqueles que nos pregam rasteiras e dão cabo do nosso jogo de cintura. Mas, em vez de recorrer a mezinhas, temos sugestões de leitura à medida de cada signo – ou, melhor, do que se apregoa sobre cada signo –, para que o seu 2024 não seja afectado pelo papão do Mercúrio retrógrado e continue a ser quem é, livre, leve e solto. Entre ficção e não-ficção, poesia e prosa, o que saiu nos últimos seis meses e o que ainda está por vir, de certeza que alguma das nossas receitas lhe fará bem. Se for ao lado, é porque devia estar a ler antes a bula do seu ascendente, óbvio.

Legenda para iniciantes

  • Mercúrio retrógrado – O termo refere-se, do ponto de vista científico, à aparente inversão do curso habitual do planeta Mercúrio, que num determinado período poderá parecer estar a movimentar-se na direcção oposta à de outros corpos. O fenómeno costuma acontecer cerca de três vezes por ano e há quem acredite que nos causa desafios extra.
  • Ascendente – Na astrologia, chama-se signo ascendente ao signo do Zodíaco que estava no horizonte leste no momento do nosso nascimento. O horizonte leste refere-se à linha onde o céu encontra a terra no leste, onde o sol nasce, e está relacionado com a hora, o dia e o local do nascimento, uma vez que o ascendente muda a cada duas horas devido à rotação da Terra e é influenciado pela latitude e longitude do lugar onde se encontra. Portanto, duas pessoas nascidas no mesmo dia, mas em locais diferentes, podem ter ascendentes diferentes.

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Horóscopo literário 2024

Capricórnio (22 Dez-19 Jan)

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Diz-se que os capricornianos costumam ser pessoas muito independentes, que fazem questão de traçar o seu próprio caminho. Talvez por isso se sintam atraídos por histórias de ascensão social ou realização pessoal – de preferência ambas. Em Irmã Marginal, obra canónica dos estudos feministas, Audre Lorde reúne alguns dos seus textos mais significativos, escritos entre 1976 e 1984, para nos mostrar como se serviu da potência que há na raiva, no erotismo e na poesia para resistir. Focando-se na ressignificação da diferença, a autora instiga-nos a quebrar silêncios através da língua e da acção.

Irmã Marginal, de Audre Lorde. Orfeu Negro. 312 pp. 18€

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Apesar de independentes, consta que os capricornianos são bons a seguir regras – chamam-lhe “sentido de compromisso” –, mas atenção, também é costume gabarem-se de ser os primeiros a questionar aquilo que não lhes faz sentido. Em Annie John, um inédito em Portugal de Jamaica Kincaid, a protagonista, uma filha única que vive um quotidiano idílico numa ilha do Caribe, também começa a questionar os pressupostos culturais do seu mundo insular. Aos 12 anos, revolta-se na escola e a mãe passa a ser uma adversária. Intimista e pujante, Kincaid tece uma trama complexa em torno de relações de sangue e formação de carácter.

Annie John, de Jamaica Kincaid. Alfaguara. Lançamento previsto para 1 de Abril

Aquário (20 Jan-18 Fev)

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Se não sabia, fica a saber que os aquarianos acreditam ser bastante inventivos e gostar de resolver problemas – aqui na redacção, temos um ou dois exemplos e é certo e sabido que, dia sim, dia sim, estão a facilitar a vida a toda a gente. Por isso mesmo, para que continuem generosos e ágeis de pensamento, nada melhor do que Imagine Como Seria…, de Ken Robinson, que dedicou toda a sua vida a promover uma reforma dos nossos sistemas educativos, e Kate Robinson, que terminou este livro depois da morte do seu pai e se compromete agora a manter o legado, para nos falar de criatividade, educação e como pôr o nosso talento ao serviço das nossas paixões.

> Imagine Como Seria…, de Ken Robinson e Kate Robinson. Contraponto. 152 pp. 16,60€

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Apesar de comprometidos com o bem-estar colectivo, diz-se que os aquarianos prezam muito a sua liberdade – e a dos outros, claro. Por isso mesmo, e porque em 2024 se celebram os 50 anos do 25 de Abril, sugerimos a leitura de River Sing Me Home (título original), de Eleanor Shearer, para renovar os votos com o livre-arbítrio e a auto-determinação. A história – inspirada em factos históricos – acompanha Rachel, que vive numa plantação em Providence, Barbados, quando a Lei da Emancipação é decretada em 1834. Quando percebe que nada mudará, foge desesperada e vai à procura de Mary Grace, Micah, Thomas Augustus, Cherry Jane e Mercy, impulsionada pela certeza de que uma mãe não pode ser verdadeiramente livre sem saber o que aconteceu ao sangue do seu sangue.

> River Sing Me Home, de Eleanor Shearer. Singular. Lançamento previsto para Março

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Peixes (19 Fev-20 Mar)

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Não é “peixe”, é “peixes” e, como o plural sugere, a sua natureza é dupla. Tal como o seu estado de espírito, depende do momento e da maré. No seu romance de estreia, Destransição, Baby, Torrey Peters também nos fala de mutabilidade e do que acontece nos cantos emocionais, confusos e vulneráveis – tudo adjectivos que os piscianos, alegadamente, conhecem bem – da feminilidade. Debruçando-se em torno do género, do sexo e das relações, o livro apresenta-nos três mulheres, duas transgénero e uma cisgénero, que estão prestes a ser confrontadas com a possibilidade de formar uma família pouco convencional e criarem um bebé juntas.

> Destransição, Baby, de Torrey Peters. Aurora. 340 pp. 18,50€

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Compassivos e dedicados, o amor é a sua religião – podem nem ser especialmente românticos, mas são excepcionalmente carinhosos e, como ouvimos dizer no outro dia, amigos dos seus amigos e dos seus amores. Dito isto, a estreia em banda desenhada de Filipa Beleza parece-nos a escolha óbvia. Em Amor, a ilustradora e designer reúne com muito humor e ironia cinco histórias de amor – amor romântico, amor não correspondido, amor próprio, amor pelos nossos animais de estimação, amor à distância –, há de tudo para todos.

> Amor, de Filipa Beleza. Iguana. Lançamento previsto para 15 de Abril

Carneiro (20 Mar-19 Abr)

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Com espírito de liderança e Marte como regente, os carneiros identificam-se frequentemente como corajosos guerreiros, nem que seja no jogo da vida (não é o da Hasbro, é mesmo este que andamos todos a jogar). Resistente da ditadura, preso por duas vezes e, aquando do golpe militar, a viver na clandestinidade, Fernando Rosas – que nasceu a 18 de Abril de 1946 – é um belo exemplar. Em Ensaios de Abril, a propósito dos 50 anos da Revolução dos Cravos, reúne alguns textos que foi escrevendo para seminários, obras colectivas, conferências e outros actos públicos, e que prestam homenagem à data que mudou o curso da história portuguesa do século XX.

> De Fernando Rosas. Tinta-da-China. 152 pp. 15,90€

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Se perguntar a um carneiro quais são as suas melhores virtudes, há 50% de hipótese de dizerem “o meu dinamismo e espírito empreendedor”. Claro que, na maioria das vezes, isso significa uma dose extra de ansiedade e uma possível necessidade de auto-afirmação. Mas quem é que quer saber? Bem, nós, e o médico-que-virou-youtuber-e-empreendedor Ali Abdaal. E é Feel-Good Productivity que nos revela como ser produtivo sem stress e, claro, como aproveitar mais a vida sem risco de burnout

> Feel-good productivity, de Ali Abdaal. Vogais. Lançamento previsto para 5 de Fevereiro

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Touro (20 Abr-20 Mai)

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Segundo “fontes na web”, expressão que é prima direita de “vi no Facebook”, são pessoas teimosas, determinadas e não costumam abrir mão do que lhes traz conforto e bem-estar. Comer bem, mesmo quando não há dinheiro para mais, faz parte da lista de self-care. Num total de 48 receitas agrupadas pelo ingrediente central que lhes dá origem, Palato Rico, Palato Pobre, de Joana Barrios, é capaz de ser um belo candidato a bíblia taurina. Debruçando-se sobre a versatilidade das matérias-primas mais acessíveis a todas as despensas, reúne inúmeras sugestões de reaproveitamento para refeições simples, mas cheias de sabor.

> Palato Rico, Palato Pobre, de Joana Barrios. IN. 160 pp. 16,99€

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Na hora de procurar uma relação, ainda que não renunciem a prazeres que possam ser vividos através dos cinco sentidos, a segurança é algo que lhes interessa particularmente. Por norma, consta, agem com cautela e prudência no que diz respeito à conquista, até porque gostam de estar em controlo. Mas cá para nós nem os reis do ‘eu é que sei, não me tires do sério’ seriam capazes de resistir a um Ataque de Charme imaginado por Alison Cochrun. Nesta comédia romântica, Charlie Winshaw aceita participar num reality show para celebridades e acaba a descobrir que tem melhor química com o produtor Dev Deshpande do que com as vintes mulheres com quem terá de sair em directo.

> Ataque de Charme, de Alison Cochrun. Desrotina. 328 pp. 18,50€. Lançado a 18 de Janeiro

Gémeos (21 Mai-21 Jun)

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A sua dualidade é, muitas vezes, magnética. Mas, cuidado, dizem que é da sua versatilidade e talento nato para contar histórias (traduzimos: para enrolar os outros com olhinhos de sereia). Que é mais ao menos o que June Hayward tenta fazer em A Impostora. Escrito por R. K. Kuang, que se estreia na ficção literária com uma sátira à diversidade na indústria editorial, conta-nos como, depois de a sua amiga Athena Liu morrer num estranho acidente, June lhe rouba o manuscrito, arranja um nome literário suficientemente ambíguo e publica-o como se fosse seu.

> A Impostora, de R. F. Kuang. 328 pp. 18,50€

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Curiosas e bem-humoradas, as pessoas que nascem sob este signo têm uma verdadeira vocação para manter um círculo social diverso. E é provável – embora não sejamos especialistas em probabilidades – que se identifiquem com Elizabeth Day. Em Friendaholic – Viciada em Amizade, a autora, jornalista e radialista conta-nos como cresceu determinada a tornar-se uma "boa amiga" até que, já na idade adulta, se apercebeu que, muitas vezes, isso era feito em detrimento dos seus próprios limites e da sua saúde mental. Com prefácio de Mariana Alvim, este é o livro que os gémeos podem oferecer às pessoas que se amam e deviam ler para se tornarem o melhor amigo de si próprios.

> Friendaholic – Viciada em Amizade, de Elizabeth Day. Casa das Letras. 408 pp. 21,90€

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Caranguejo (22 Jun-22 Jul)

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Emotivos e sensíveis, costumam ter uma forte conexão com as lembranças do passado. E, porque o passado enforma o presente, é precisamente o sugerimos: uma viagem no tempo com Shirley, de Charlotte Brontë, que nos leva até Yorkshire de 1811-12, durante a depressão industrial, para nos contar como a mulher que dá nome à obra – independente e corajosa, herdeira de uma fortuna que a liberta das convenções sociais – antecipa em muitos pontos o movimento que só haveria de surgir mais de um século depois. Ao mesmo tempo, é sobretudo uma história sobre o amor, a perda e a busca de identidade, tudo temas que apelam ao coração.

> Shirley, de Charlotte Brontë. Minotauro. 604 pp. 25,90€

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Além de uma busca constante por segurança, é dito dos caranguejos que são muito ligados à família, em especial à figura da matriarca. Em Deus na escuridão, Valter Hugo Mãe – que não é caranguejo, mas não peca por falta de sensibilidade – presta homenagem às mães através da história de dois filhos. Passada na ilha da Madeira, a história explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão e que “a dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus”.

> Deus na escuridão, de Valter Hugo Mãe. Porto Editora. Lançado a 18 de Janeiro

Leão (23 Jul-22 Ago)

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Orgulhosos e confiantes, não resistem a ser o centro das atenções. Detentora de vários discos de platina e vencedora de um Grammy,  Britney Spears – que era apenas uma adolescente quando lançou o seu primeiro single, “Baby One More Time” – sabe bem o que isso é. Em A Mulher Que Há Em Mim, conta-nos com candura e humor como, apesar de todos e tantos contratempos, nunca ninguém conseguiu extirpá-la da “força interior” que precisou para se tornar uma das maiores artistas na história da música pop.

> A Mulher Que Há Em Mim, de Britney Spears. Arena. 272 pp. 18,85€

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Carismáticos e bons amantes, são generosos nos afectos e têm tanto de dedicados como de espontâneos. Um bocadinho como a fictícia Phyllis, uma mulher de meia-idade casada com um pai afeiçoado, que se vê envolvida num relacionamento inesperado com o filho de vinte e poucos anos de um velho amigo. Passado na culturalmente inquieta Londres dos anos 60, Amor Livre, de Tessa Hadley, explora o amor românico, a liberdade sexual e o estímulo intelectual.

> Amor Livre, de Tessa Hadley. Particular Editora. 256 pp. 18,50€. Lançamento a 8 de Fevereiro

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Virgem (23 Ago-22 Set)

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Os astrólogos dizem que o signo de Virgem domina a casa da saúde. Aparentemente é daí que vem a obsessão com a alimentação, a higiene e o exercício físico (nem que seja subir uns degrauzinhos todos os dias). Mas, como são movidos pelo trabalho, também são propensos a esquecer-se do descanso. Está tudo bem, o historiador Alain Corbin está pronto para lhes contar a História do Repouso e desafiá-los a reflectir sobre a fadiga e o tempo que temos disponível para viver – e como viver não é cumprir horários, nem os do lazer.

> História do Repouso, de Alain Corbin. Quetzal. 136 pp. 16,60€

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Têm tanto de observadores como de críticos, e não há detalhe para o qual não valha a pena olhar duas vezes. Um pouco como imaginamos que John von Neumann fosse. Em MANIAC, uma obra de ficção baseada em factos reais, Benjamín Labatut apresenta-nos o matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, von Neumann esteve ligado ao Projecto Manhattan – o programa de pesquisa e desenvolvimento que produziu as primeiras bombas atómicas durante a Segunda Guerra Mundial –, e Labatut escreve-o com o ritmo de um thriller, no qual convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência.

> MANIAC, de Benjamín Labatut. Relógio d’Água. 501 pp. 22€. Lançado a 1 de Janeiro

Balança (23 Set-22 Oct)

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Diz quem percebe do assunto que não é raro escolherem profissões de serviço ao outro e têm um talento invejável para solucionar problemas. No fundo, são diplomáticos. Julia Navarro também. Em História Partilhada, a espanhola relembra-nos como, até ao século XX, a História foi escrita por homens, ainda que a lista de mulheres que a protagonizaram seja extensa, e propõe-se a trazer essas figuras para a ribalta. Mas, atente, fá-lo de forma surpreendente: não através da supremacia patriarcal, antes partindo de um terreno comum.

> De Julia Navarro. Bertrand Editora. 368 pp. 18,80€

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Em busca de equilíbrio e harmonia, valorizam a honestidade e a justiça, duas coisas que nos parecem certas na sociedade que Thomas More imaginou para Utopia, uma sociedade sem propriedade privada, na qual os governantes são escolhidos pelo voto popular, os hospitais são gratuitos e os direitos ao divórcio, à eutanásia e à liberdade religiosa são uma realidade. Entre a literatura e a filosofia, este clássico intemporal não só desafia as nossas convicções e as tradições, como nos alimenta a imaginação.

> Utopia, de Thomas More. Clube do Autor. 224 pp. 15€. Lançamento previsto para 24 de Janeiro

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Escorpião (23 Oct-21 Nov)

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Intensos e misteriosos, os escorpiões costumam guardar segredos sombrios ou envolver-se em paixões ardentes. São os buracos negros do zodíaco. E há muito a dizer sobre aqueles que são os mais estranhos objectos do Universo. Com uma densidade extraordinária e enorme força gravitacional, não há matéria ou luz que lhes escape. Compreendê-los, contudo, é um feito que parece estar por cumprir. Ainda assim, em Buracos Negros, Brian Cox e Jeff Forshaw fazem questão de os desmistificar o mais possível. Como se formam, porque são essenciais em qualquer galáxia (apesar de terem o poder de destruir todos os seus habitantes) e que segredos nos escondem.

> Buracos Negros, de Brian Cox e Jeff Forshaw. Desassossego. 256 pp. 17,70€

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Quando lhes perguntam de que signo são e eles têm finalmente hipótese de dizer à boca cheia “Escorpião”, é virtualmente impossível negarmos o seu complexo de superioridade. Ser escorpião é um traço de personalidade, e anda de mão dada com a necessidade crónica de estarem sempre certos. Mehdi Hasan dá-lhes uma mãozinha com um verdadeiro manual sobre Como Vencer Todas as Discussões. Além de aprenderem a triunfar num debate, de preferência bem-intencionado, aproveitam e recebem uma lição sobre como a argumentação também os pode ajudar a descobrir ideias que podem nunca ter considerado.

> Como Vencer Todas as Discussões, de Mehdi Hasan. Ideias de Ler. Lançamento previsto para final de Janeiro

Sagitário (22 Nov-21 Dez)

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Sagitário que é Sagitário é um explorador intrépido (alegadamente). A sua casa é o mundo inteiro, e é por isso que sugerimos uma viagem iniciática pela prosa de Richard Wagamese. Em Redenção, que narra o reencontro de Eldon Starlight, um homem destruído pelo álcool, e do seu jovem filho, Franklin, que ele mal conhece, acompanhamos uma travessia pelas deslumbrantes florestas da Colúmbia Britânica. Ao longo dos trilhos, entre frondosos abetos e a luz crepuscular das fogueiras, ecoa a história de uma geração de homens nativos das Primeiras Nações canadianas no século XX.

> Redenção, de Richard Wagamese. Antígona. 288 pp. 18€

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Como qualquer aventureiro que se preze, os sagitarianos também costumam – costumam? não pomos a mão no fogo por ninguém – ser extrovertidos e expansivos. Apesar da sua poética meditada, que pressupõe uma certa serenidade, João de Melo entrega-nos uma colectânea de textos que também são de  exaltação do tempo e da vida, e até apaixonados, sobretudo pelas suas amadas ilhas dos Açores. Entre a efemeridade do ser, a espiritualidade da fé e a perda de Deus, Longos Versos Longos assinala o regresso de Melo à poesia quatro décadas depois da publicação do seu primeiro e, até agora, único livro de poemas, Navegação da Terra (1980). É uma leitura para todas a horas, para qualquer lugar.

> Longos Versos Longos, de João de Melo. Dom Quixote. 112 pp. 13,30€. Lançamento a 30 de Janeiro

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