O selo está longe de ser um bem de primeira necessidade, mas esta loja, além de histórica, está na primeira fila das que tem de conhecer. Fundada por Augusto Molder, pai do conhecido fotógrafo Jorge Molder, deve hoje as portas abertas à paixão de Luís Santos e de Cármina Correia pelos quadradinhos de papel. Ele, colaborador há mais de 40 anos. Ela, recordista de anos de casa, há 69 atrás deste balcão. Inevitavelmente, a vida de Cármina confunde-se com a da própria Filatelia A. Molder. E aqui continua, mesmo depois da reforma. O ritmo a que a clientela entra já não é o de antigamente. Num dia bom, podem chegar a uma dúzia. Em dias menos convidativos, não passam dos três. Mas a casa também se ajustou ao ritmo dos novos tempos. Deixou de ter moedas e obras de arte, como no início, foi dispensando os mais de 20 empregados e desistiu de acompanhar as grandes edições internacionais. Vão chegando as novidades dos CTT, fora o espólio de milhões de selos distribuído por várias salas. Para Cármina, que conhece cada classificador (álbum de selos) de cor, só há uma certeza para o futuro: a loja ainda vai virar museu.
A Time Out diz
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