Espaço de valorização da cerâmica contemporânea, a Inútil é uma “casinha de bonecas”, num largo de árvores centenárias, entre o Miradouro de Santa Luzia e o Castelo de São Jorge. Com ar de galeria, as formas e texturas e cores das peças – desde jarros e tigelas a pratos e esculturas – saltam à vista, por cima do branco das paredes, prateleiras e aparadores. “Sempre fui muito atenta à beleza e, já mais adolescente, comecei a participar em ateliês de cerâmica”, conta Maria Almeida. Inspirada pelo “fascinante esplendor do inútil”, expressão do crítico e ensaísta George Steiner, a proprietária da nova loja de arts & crafts da cidade acredita que a proposta não se esgota na oportunidade de ver e comprar arte, mas passa também por reflectir acerca da utilidade da obra. “Podem ser úteis só pela beleza que têm”, sugere. “É importante vermos coisas bonitas.” Mas às jarras é fácil adicionar flores, às tigelas e aos pratos imaginá-los à mesa do pequeno-almoço e mesmo as folhas de Outono de cerâmica podem ser usadas como suportes para velas. Feitas artesanalmente, com diferentes técnicas, as peças foram todas escolhidas a dedo, custam entre 8€ a 2000€ e são de autores nacionais, como Martim Santa Rita, Teresa Cortez e Carmina Anastácio.
A Time Out diz
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