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Caveiras, palavras bonitas e legos: estes são os melhores estúdios de tatuagens em Lisboa

As tatuagens são um mundo inesgotável de criatividade onde proliferam vários estilos. Vá por nós e conheça os melhores estúdios da cidade – há para todos os gostos.

Mauro Gonçalves
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Há milhares de anos que se desenha e escreve sobre a pele, mas só no século XXI é que o mundo ocidental começou a olhar para a tatuagem com outros olhos. Outrora marginal – ou característica da cultura underground –, hoje dissemina-se através de uma profusão de novos e velhos estilos. Do clássico americano à frescura e leveza da fine line, Lisboa está bem servida no que toca a artistas de agulha na mão. O número de tatuadores na cidade continua a aumentar e parece que há mesmo espaço para todos. Com ou sem significado, escondido ou para toda a gente ver, tatuar está na moda. Não sabe onde vai fazer a próxima? Siga esta lista com os melhores estúdios de tatuagens em Lisboa.

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Os melhores estúdios de tatuagens em Lisboa

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  • Santos

O néon verde voltado para a rua denuncia o residente da Calçada Marquês Abrantes, em Santos – é o Arca Tattoo Parlour, o estúdio de tatuagens onde Igor Gama, Nicole Lourinho, Bela Hilário e Gonçalo Santos dão uso às agulhas para gravar o corpo de quem entra. Quadros com desenhos de caveiras, dragões, pássaros ou figuras místicas – como uma espécie de tatuagens emolduradas – decoram o espaço, todo em tons pastel e com plantas a dar-lhe vida. O estúdio funciona por marcações: o cliente leva ideias e a partir daí o desenho é trabalhado por um dos tatuadores. Um dos elementos diferenciadores deste espaço são também os tatuadores convidados, ou guests, que aparecem com frequência por estas bandas. 

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  • Bairro Alto
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Não há desenhos demasiado elaborados nem partes do corpo demasiado recônditas para o Bad Bones, um dos símbolos do Bairro Alto alternativo. Se bem que a história deste estúdio começou, imagine-se, em Campo de Ourique, já lá vão mais de 30 anos. Fontinha e Natasha continuam ao leme e não deixam que a rota se desvie um centímetro que seja do mais puro espírito rock’n’roll. Não é por acaso que alguns roqueiros nacionais já passaram (e continuam a passar) por aqui. Não são os únicos. Com um historial destes, o Bad Bones é o estúdio lisboeta que passa de pais para filhos.

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  • Sintra
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Flamingos cor-de-rosa, leques chineses, uma havaiana em tamanho real, imagens da Nossa Senhora, bancos almofadados de padrão tigre, máscaras tribais e até um Zé Povinho. A Bang Bang Tattoo é uma viagem kitsch à volta do mundo sem sair de Sintra. Nazaré e Pinela – ela especialista em piercings, ele em tatuagens – são os responsáveis pelo espaço que abriu em 2001 e já transformou a vida de milhares de sintrenses e turistas.

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  • Lisboa

É um dois em um: à entrada, a Casa Tigre assemelha-se a uma pequena loja, com peças de roupa oficiais e ainda exemplares personalizados por artistas. À medida que avançamos no espaço, entramos na segunda sala, onde se tatua segundo o estilo tradicional americano. A música faz parte do cenário, afinal, falamos numa casa fundada em 2021 por Paulo Furtado, também conhecido como The Legendary Tigerman, Afonso Rodrigues, vocalista dos Sean Riley & the Slowriders, e Luís Raimundo, vocalista dos The Poppers. Em suma, três animais de palco. É lá que encontramos a arte sobre a pele de Douglas Cardoso, mas também de Reis, Wiki, Alex Edwards e Victor Vilela.

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  • Lisboa

Em vez de uma porta aberta para a rua, os novos estúdios (quase todos a funcionar com base num colectivo de artistas) funcionam à porta fechada e por marcação – alguns nem sequer têm porta virada para a rua, como é o caso do Castigo, a funcionar deste o início de 2024. Os residentes, instalados numa sala ampla, vieram de um outro estúdio lisboeta e representam uma nova vaga de tatuadores na cidade – trabalham sem poupar na cor, têm as suas referências na cultura pop e alguns mantêm-se activos noutras frentes criativas. É aqui que encontramos Francisco, mais conhecido como Lego Tattoos, o jovem tatuador que constrói as suas próprias máquina, usando peças Lego. Mais há mais traços neste primeiro andar: Abacaxi, Mariana Julieta, Joana e Ugly Tattoo Club.

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  • Chiado

Chama-se Crucio, mas não está amaldiçoado. É o novo estúdio de tatuagens do Chiado, onde a primeira sensação é de que conseguimos passar para o outro lado da Plataforma 9 ¾. Com cerca de 60 metros quadrados, está dividido em quatro salas temáticas. Além da recepção, que recria a sala comum de Gryffindor, há três divisões inspiradas nas salas de aula de Herbologia (com paredes de plantas artificiais), poções (com caldeirões em miniatura suspensos no tecto) e astronomia (com nuvens de algodão iluminadas por LED). Na hora de tatuar, a equipa conta com um total de dez artistas, entre residentes e convidados pontuais, especializados em diferentes estilos. Rita Crucio e Selwyn Bailey são os donos do espaço, além de habilidosos tatuadores, e têm um segundo estúdio, dedicado a House of Slytherin.

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  • Avenidas Novas

Fiasco só de nome, sem presságios desastrosos à vista. Este estúdio de tatuagens morou em tempos na Penha de França, mas em 2024 mudou-se para as Avenidas Novas. O conceito também mudou – de espaço amplo que chegou a albergar cerca de uma dezena de artistas, passou a estúdio intimista. Cíntia Coutinho, mais conhecida como Espirro, trabalha agora a solo. O seu estilo imediatamente reconhecível – pelo uso da cor e pelos desenhos abstractos – é o suficiente para encher o espaço.

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  • Areeiro/Alameda

É dos únicos estúdios em Lisboa decorados verdadeiramente com um estilo vintage, com paredes cobertas com molduras de ilustrações pin-up, e um balcão original de uma mercearia dos anos 60. Enfim, tudo à medida da sua proprietária, Mariza Seita, e basta viajar no seu Instagram (@marizaseitatattoo) para perceber que a tatuadora não brinca em serviço na hora de embarcar no estilo vintage – coisa que faz todos os dias quando pega nas agulhas. Mariza dedica-se inteiramente ao estilo tradicional americano dos anos 50 no que toca às tatuagens, apesar de trabalhar com outros tatuadores, cada um deles com estilos distintos, no Ink&Wheels.

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

A loja de tatuagens é de Cristian Barcelos, argentino que mora em Lisboa desde 2002 anos e que passados cinco anos fundou este negócio onde tudo está à mostra. A recepção está cheia de sofás (e motas) e tem vista para o espaço onde se desenham as tatuagens na pele. Cristian assegura que é um pai de família e não hesita em ligar aos progenitores dos jovens adultos com menos de 18 anos para confirmar se é arte autorizada ou não.

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  • Beato

Os estúdios de tatuagens já não são o que eram – e ainda bem. Em vez de rock aos altos berros, caveiras e couro preto, o Piri Piri de Margarida Conceição (em tempos, proprietária do Flourish Studio) tem plantas, almofadas, um sofá confortável e muita ilustração a encher as paredes. Além da anfitriã, cujo estilo se destaca pelo uso da cor, conte ainda com o traço de Arantxa Abad e Ricardo Jóinha. Tatuar só mesmo por marcação, até por este espaço nos Anjos não funciona com a porta aberta. Volta e meia, ela abre e convida vizinhos e amigos a conhecerem o estúdio e espreitarem a produção artística dos residentes.

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Mais do que um estúdio de tatuagens, o quarto escuro é um espaço de trabalho para artistas e criativos. Entre eles está Patrícia Shim que pode ter começado pelas agulhas, mas que hoje divide o tempo com a ilustração. Mais há mais – Vahine, que não pára de se aperfeiçoar na temática botânica, Félix Rodrigues, João Lopes, entre muitos outros. O Quarto Escuro tem estado a receber cada vez mais visitas. Convém estar de olho no Instagram para ficar a par de todos os tatuadores que por aqui passam em curtas residências.

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  • Alcântara

É, provavelmente, o mais eclético dos estúdios lisboetas e se o rol de tatuadores é completo. Basicamente, não há missões impossíveis no Queen of Hearts. Atenção aos detalhes é com eles, a começar na originalidade dos próprios desenhos. É que praticamente todos os tatuadores residentes são também ilustradores. O resto é a mesma história que a dos vestidos de festa: o importante é não aparecer ninguém com um igual. Hoje, são três os estúdios onde pode bater à porta – no Bairro Alto, na Lx Factory (na imagem) e dentro do Hotel Hotel, junto à Avenida da Liberdade. É só escolher onde lhe convém.

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  • Coisas para fazer
  • Grande Lisboa

Em pleno centro de Lisboa, eis um estúdio de tatuagens camuflado pela azáfama de turistas da Rua das Portas de Santo Antão. O Venus Room é como um consultório médico, composto por pequenos gabinetes, cada um deles com a sua especialidade. Entre os tatuadores de serviço está Catarina Duarte Silva, mais conhecida no meio como Papaya, mas também Jacque López, Poppis e Tiago Durer.

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  • Avenidas Novas

É preciso subir até ao quarto andar para dar de caras com estes estúdio, no mínimo, diferente. Com pé direito alto, tecto trabalhado e grandes janelas voltadas para a movimentada Avenida da República, o 10.56 Studio é a casa da tatuadora e body piercer ucraniana Elena Vidnevskaya. Uma casa grande o suficiente para albergar outros artistas, entre eles o brasileiro Felipe Hort, conhecido pelos seus desenhos inspirados nas estéticas dos séculos XVI e XVII, Pepe, Amanda Leone e João Bastos.

Lisboa cheia de pinta

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  • Música e entretenimento

Não é só uma questão de saudosismo. De facto, o som do Spotify ou de uma pequena coluna sem fios não nos transporta para dentro da música como faz um gira-discos. É por isso, e porque as capas dos LPs enchem o olho, que há quem se mantenha fiel ao vinil. Lisboa tem várias lojas e o nosso roteiro é extenso, do rock à electrónica, passando pelas músicas do mundo e indie. Entrar em qualquer uma destas lojas é sempre uma forma de se perder entre discos e, nalguns casos, CDs. Eis as melhores lojas para comprar discos de vinil em Lisboa.

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  • Lojas de segunda mão

Nunca se falou tanto em sustentabilidade como agora – não pela falta de aviso, mas pela urgência na mudança de hábitos. Comprar em segunda mão ou apostar nas peças vintage não é só uma tendência de moda crescente, é mais do que isso – reflete um comportamento mais sustentável. Recheie o armário nestas lojas de roupa em segunda mão em Lisboa, e quando fizer limpeza do armário, lembre-se que nem tudo é lixo e pode canalizar a sua imaginação para o upcycling, a chamada reutilização criativa que transforma peças ou produtos que já não usa ou em fim de vida em novos materiais.

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  • Saúde e beleza
  • Barbeiros

Elas voltaram em força e é raro o bairro que não tenha, pelo menos, uma barbearia. Mesmo os novos negócios tendem a exibir uma estética de outros tempos e alguns chegam até a ganhar fama além‑fronteiras. Dedicámo-nos a escolher as melhores barbearias em Lisboa. Na Baixa, em Alvalade, no Areeiro ou em Moscavide, o mais importante é que saia satisfeito – com o corte de cabelo que pediu, a barba aparadinha e o pescoço intacto (bom, um arranhãozinho nunca fez mal a ninguém). Algumas barbearias não se ficam pelo essencial e providenciam alguns extras.

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