Quem faz a curva da Nacional 261, rumo ao Carvalhal, habituou-se a ver uma barraca de velharias do lado esquerdo. Se nunca encostou para inspeccioná-la de perto, não sabe o que tem estado a perder. Júlio Maria está aqui “há pelo menos 25 anos”, embora o dito casebre seja bastante anterior. É aqui que dá continuidade àquele que já era o negócio da mãe – acumula e colecciona o que os outros já não querem, mas também fecha bons negócios com quem já chega com uma ideia em mente. É uma espécie de arca, onde as velharias são tesouros e contam histórias. A começar pelas velhas navalhas de barbeiro que comprou recentemente. À volta, o caos de objectos exige foco e paciência – há talhas de barro, cestas e crivos, pias, tábuas de amassar, cabeceiras de cama, candeeiros e uma leva recém-chegada de mantas alentejanas, além de tudo o resto que aqui vem parar. Um chamariz para os curiosos que passam, mas também para designers e decoradores que aparecem em busca dos objectos mais inusitados.
A Time Out diz
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