The Mandalorian Disney Time In Barcelona
© Disney'The Mandalorian'
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Bem-vindos ao novo mundo encantado do Disney+

Quase um ano depois de ter sido lançado nos Estados Unidos, o Disney+ chega finalmente a Portugal. Levantamos o véu sobre o que aí vem e apontamos o que não pode perder.

Cláudia Lima Carvalho
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Não se trata da chegada de mais uma época de folhetos natalícios carregados de brinquedos, mas o lançamento do Disney+ em Portugal podia bem ser anunciado pela velhinha Leopoldina: há reis, princesas, dragões, heróis de banda desenhada e até um muito famoso Yoda bebé – sabe mesmo a prenda de Natal antecipada. Quase um ano depois de ter chegado aos Estados Unidos, o serviço de streaming da Disney fica disponível por cá esta terça-feira, mas antes disso, no fim-de-semana, pode espreitar os primeiros episódios de algumas das mais aguardadas séries originais, entre as quais The Mandalorian, nos canais FOX, Disney Channel, National Geographic e 24 Kitchen.

Depois da transferência de Cristina Ferreira para a TVI, a chegada do Disney+ é sem dúvida o maior acontecimento de 2020 no mundo da televisão e do entretenimento em Portugal. E não é exagero: em apenas um ano, o Disney+ é já o terceiro maior serviço de streaming, com mais de 55 milhões de subscritores, ficando atrás apenas da Netflix e da Amazon Prime. O número impressiona, até porque a Disney estimava alcançar 50 milhões de subscritores apenas em 2025. Mas não é difícil perceber porquê. Desde que foi anunciado, que o mercado tem mexido, desde logo porque este novo serviço de streaming não inclui apenas os conteúdos da Disney, mas de todas as marcas que a gigante foi adquirindo ao longo dos anos, com especial destaque para a Pixar e a Marvel. Vale a pena lembrar que, até agora, a Marvel tinha uma forte presença no catálogo da Netflix. Sem surpresa fomos ouvindo os cancelamentos de O Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage, O Punho de Ferro, O Justiceiro e Os Defensores

O Disney+ é ainda casa da Fox, da National Geographic e da Lucasfilm. E foi a série The Mandalorian, o spin-off de Star Wars protagonizado por Pedro Pascal, a principal aposta do serviço – não houve quem não tivesse ouvido falar do “baby Yoda”, que até hoje continua a inundar as redes. A segunda temporada chega em Outubro. 

Há ainda mais razões para o sucesso do Disney+, ou não tivesse este um dos catálogos mais adorados. Estão lá os clássicos da Disney, os acarinhados filmes da Pixar, todo o universo da Lucasfilm e, claro, os gigantes da Marvel. 

A Disney foi ainda a primeira a arriscar tirar um filme com orçamento de blockbuster – cerca de 244 milhões de euros – do cinema para o estrear no seu serviço. Depois de sucessivos adiamentos por causa da pandemia, Mulan, o remake em imagem real, já não vai para as salas e poderá ser visto apenas no Disney+. Nos Estados Unidos, o filme já se estreou por um custo extra de 30 dólares (25 euros), mas a partir de Dezembro ficará disponível no catálogo. Em Portugal, o filme ficará disponível apenas a 4 de Dezembro, sem mais custos associados, como parte integrante da oferta para todos os subscritores.

Até 14 de Setembro, um dia antes do lançamento oficial, a assinatura anual do Disney+ tem o preço de 59,99€. Depois disso, a subscrição anual custa 69,99€, ou 6,99€ por mês. O serviço vai funcionar em todas as principais plataformas, dispositivos móveis, consolas de videojogos ou smart TVs. E, tal como os serviços mais conhecidos a operar por cá, o Disney+ não terá anúncios a interferir com o conteúdo. Será também possível fazer o download ilimitado de episódios em até dez aparelhos, para poderem ser vistos offline.

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Cinco razões que explicam o sucesso do Disney+

1. The Mandalorian

A Força é forte na primeira série saída do universo Star Wars, sem contar com as séries animadas, e somou já 15 nomeações para os Emmys. The Mandalorian, do guionista e produtor executivo Jon Favreau (Rei Leão, Iron Man), passa-se cinco anos depois dos acontecimentos de O Regresso de Jedi e 25 antes de O Despertar da Força, e conta a história de um guerreiro solitário nos confins da galáxia. É aqui que aparece o viral “Baby Yoda”. A segunda temporada estreia em Outubro. 

2. Black is King

Saiu no último dia de Julho, mas por cá só agora vamos poder ver o manifesto de Beyoncé em forma de álbum visual. O tema continua actual: a celebração da cultura negra e o seu empoderamento. Black is King, escrito e realizado pela artista, surgiu depois do remake de O Rei Leão no ano passado, onde Beyoncé deu voz a Nala e participou na banda sonora. O filme, que Beyoncé descreve como um novo olhar sobre as lições que o filme da Disney deixou, é uma “recordação comemorativa da experiência negra” no mundo.

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3. Simpsons

Um bom exemplo de resistência e longevidade. A série criada em 1989, por Matt Groening, está no ar há mais tempo do que qualquer outra ficção televisiva americana. E continua a dar que falar. No Disney+, estão as 31 temporadas para uma maratona sem fim. As aventuras de Homer, Marge, Bart, Lisa e Maggie são sempre um óptimo momento de escape. Episódios curtos, atentos à actualidade e de sátira afiada.

4. Hamilton

É um dos espectáculos mais aclamados da Broadway, bateu recordes de bilheteira, ganhou um Pulitzer em Drama e onze prémios Tony. Criado por Lin-Manuel Miranda, Hamilton dá-nos a história da fundação dos Estados Unidos ao ritmo e com a linguagem vernacular do hip-hop, misturando referências da cultura popular actual e da história daquele país. O elenco conta com actores brancos, negros e hispânicos nos papéis de fundadores da nação, como Alexander Hamilton ou George Washington. O vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence assistiu a um dos espectáculos e acabou a levar um sermão dos actores. O Presidente Donald Trump não gostou. Hamilton não é um musical qualquer.

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5. Clássicos Disney

Para quê destacar apenas um filme, quando no Disney+ estão lá todos? Do Bambi, A Bela Adormecida, Cinderela, Branca de Neve e os Sete Anões e Rei Leão, até aos quatro filmes de Toy Story e os mais recentes Vaiana ou Frozen: O Reino do Gelo. A lista não tem fim e o difícil vai ser escolher.

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