Netflix
Com três séries nomeadas em cinco, está na linha da frente para levar o prémio para Los Gatos, Califórnia. Desse lote, a vencedora menos provável é Ratched, uma origin story da retorcida enfermeira de Voando Sobre Um Ninho de Cucos (Milos Forman, 1976) e mais uma prova do deslumbramento e da complacência de Ryan Murphy (Glee, American Crime Story) com a indústria desde que assinou um contrato milionário com a Netflix, que lhe deu carta branca para fazer o que quisesse (alguém lhe ponha uma trela!).
Os olhos estão postos em The Crown, a destacada favorita. Esta grande produção venceu esta categoria em 2017 e, desde então, tem sido sempre nomeada. À quarta temporada, nos anos 1980 de Thatcher e do “conto de fadas” de Charles e Diana, a criação de Peter Morgan mantém a pose e cumpre com o protocolo previsto para uma série de prestígio: enche o olho e faz figura entre os nomeados (além de melhor série dramática, também estão indicados Olivia Colman, Emma Corrin, Gillian Anderson, Helena Bonham Carter e Josh O’Connor).
Mas por aqui já temos bandeiras, cachecóis e demais parafernália de adepto para torcer por Ozark, a terceira produção Netflix na corrida a este prémio. Ooooooooooozark!... Ouvem-nos daí? A série protagonizada por Jason Bateman, Laura Linney e Julia Garner (também nomeados), sobre uma família de classe média-alta, burocrática e enfadonha, que se vê obrigada a lavar dinheiro para um cartel mexicano, num casino flutuante paredes meias com um bando de rednecks, é tudo o que os viúvos de Breaking Bad estavam a precisar.