Férias em Roma (1953)
Comecemos, então, em versão sofisticada, no tempo em que viajar era um luxo e o turismo ainda não chegara às massas. E, pelo menos na versão conto de fadas dirigida por William Wyler, era possível a um repórter americano em Roma (Gregory Peck) acordar com uma princesa ressacada ao lado. Melhor, descobrir que a rapariga que encontrara na noite anterior a cair de bêbada e que levara para o seu apartamento não fora ser presa por vadiagem, era a mesma figura real que cancelara todo o seu programa de embaixadora da boa vontade por alegada doença. Ora aí está uma notícia; a notícia que pode salvá-lo do desemprego depois de ter adormecido e falhado a entrevista com aquela mesma princesa Ann (Audrey Hepburn) agora ali a cozer vapores etílicos. Portanto, a coisa começa como oportunismo, mas com o tempo, o romantismo da cidade, as temperaturas adequadas, pronto, evolui, torna-se séria… E o resto é história.