Hancock (2008)
©Columbia/TriStarHancock de Peter Berg
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Comédias com super-heróis que fazem rir

Com o divertido 'Shazam!' acabado de se estrear, lembramos mais comédias com super-heróis como este

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Shazam vem juntar-se ao Homem-Formiga, a Deadpool e aos Guardiões da Galáxia na lista dos super-heróis com sentido de humor e que não se levam demasiado a sério. Mas o cinema tem uns quantos outros super-heróis com vocação para nos fazer rir, e muito. Nesta lista, recordamos figuras de comédia como o trapalhão Condorman, o insólito Sargento Kabukiman, o pobretanas Blankman, o inenarrável grupo dos Homens Misteriosos (onde há também uma mulher) ou ainda a ciumenta G-Girl. Todos juntos, formam uma galeria de super-heróis cujo principal superpoder é o de nos pôr às gargalhadas. 

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Comédias com super-heróis que fazem rir

‘Condorman’, de Charles Jarrott (1981)

No tempo em que a Disney ainda não tinha comprado a Marvel, fazia filmes como Condorman. Ele é Woody Wilkins, um cartoonista e desenhador de comics (Michael Crawford), que faz um fato semelhante ao do super-herói que desenha, o alado Condorman, e se mete nele para o testar, acabando por se envolver numa intriga internacional com agentes da CIA e espiões do KGB. Condorman começa com uma sequência de animação tirada do comic que Woody desenha, e é tanto uma paródia às aventuras de super-heróis como às fitas de espionagem na linha das de James Bond.

‘The Return of Captain Invincible’, de Philippe Mora (1983)

Esta deve ser a única comédia musical de super-heróis da história do cinema. Alan Arkin interpreta o Captain Invincible do título, um super-herói que caiu em desgraça durante o McCarthysmo e foi viver para a Austrália. Trinta anos mais tarde, o governo dos EUA volta a chamá-lo para combater o seu arqui-inimigo, Mr. Midnight (Christopher Lee), que reapareceu. O problema é que, entretanto, o outrora paladino do bem só pensa na bebida. The Return of Captain Invincible foi um descomunal fracasso, mas com os anos, ganhou (merecidamente) estatuto de culto.

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‘Sgt. Kabukiman N.Y.P. D’., de Michael Herz e Lloyd Kaufman (1990)

Eis um dos filmes mais disparatados, anárquicos e divertidos da produtora independente Troma. Um desastrado detective da polícia de Nova Iorque vê-se possuído pelo espírito de um ancestral mestre japonês de Kabuki, o que lhe confere uma série de superpoderes. Assim como o aspecto de um intérprete desta modalidade de teatro nipónica, sempre que assume a identidade de Kabukiman. O detective vai então combater os tradicionais criminosos novaiorquinos, mas tem também que enfrentar uma poderosa e milenar entidade sobrenatural. Os dois realizadores são também os fundadores da Troma.

‘Blankman’, de Mike Binder (1994)

Daymon Wayans interpreta o principal papel e é um dos autores do argumento desta paródia aos filmes de super-heróis. Darryl Walker, um ingénuo e bem-intencionado biscateiro, inventor e fã de Batman decide tornar-se num super-herói para acabar com o crime e com a corrupção política no bairro problemático onde mora, depois de encontrar uma maneira de tornar as suas roupas à prova de bala. Walker transforma-se assim naquele que ele mesmo descreve como sendo “o primeiro super-herói de baixo orçamento de toda a história”. E o seu uniforme remendão é consentâneo com esta afirmação.

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‘Homens Misteriosos’, de Kinka Usher (1999)

Imaginem os super-heróis mais incapazes e ridículos reunidos num só filme, e têm Homens Misteriosos. Entre eles estão um lançador de talheres, um sujeito que se torna invisível só quando ninguém está a olhar para ele, ou outro ainda cujo superpoder é estar sempre zangado. Moram na cidade imaginária de Champion City, que tem um super-herói residente, o Capitão Fantástico, e quando este é raptado pelo vilão Casanova Frankenstein, os super-heróis desastrados entram em acção. Ben Stiller, William H. Macy, Hank Azaria e Paul Rubens lideram o elenco desta fita que é um gozo pegado ao género.

‘A Minha Super-Ex’, de Ivan Reitman (2006)

O realizador dos dois Os Caça-Fantasmas assina esta fita que sobrepõe um enredo de comédia romântica a uma história com super-heróis. Uma Thurman é a super-heroína G-Girl, aliás Jenny Johnson, que começa a namorar um tímido designer, Matt Saunders (Luke Wilson). Depois de conhecer uma colega e amiga do namorado, Jenny torna-se muito ciumenta e possessiva, e Matt rompe com ela. Despeitada, Jenny começa a servir-se dos super-poderes de G-Girl para o atormentar. Quem se vai aproveitar da confusão é o grande inimigo da super-heroína, que foi namorado de Jenny no liceu.

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‘Hancock’, de Peter Berg (2008)

A ideia do super-herói virado do avesso, que é e faz o oposto daquilo que esperamos dele é explorada para efeitos cómicos nesta fita com Will Smith no papel de John Hancock, um super-herói cujas intervenções são mais temidas do que desejadas pelo público e pelas autoridades. Desastrado e amigo dos copos, Hancock destrói propriedade pública e privada, e causa prejuízos avultadíssimos, tendo-se tornado persona non grata em Los Angeles e num anti-(super)-herói. Até ao dia em que um homem a quem ele salva a vida e que trabalha em relações públicas, propõe-se mudar-lhe a imagem e torná-lo num super-herói como deve ser. Mas será que Hancock está pelos ajustes?

Mais filmes heróicos

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Já vêm detrás, mas não há dúvida que neste século o cinema pop é dominado por super-heróis carregados de super-poderes aditivados por efeitos especiais digitais de qualidade indesmentível e cada vez mais capazes de maravilhar. De certo modo é perfeitamente normal que num mundo complexo e conflituoso e sectário, onde muitas vezes é difícil distinguir o bem e o mal, o imaginário popular procure não uma resposta mas pelo menos o alívio que encontra na fantasia e na imaginação. 

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Não é por serem menos conhecidos, menos vistos e menos populares e comerciais que Super-Homem, Batman, Homem Aranha, Homem de Ferro, Super Mulher, os X-Men ou Flash que super-heróis mais modestos, mais discretos (e mesmo desastrados ou falhados) como Blankman, Steel, os que compõem o grupo dos Homens Misteriosos ou a Supergirl, não merecem que recordemos que também existem.

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O Super-Homem apareceu na televisão nos anos 50, e nas décadas seguintes foi imitado por outros super-heróis, que também ganharam as suas séries próprias, tendo algumas delas atingido estatuto de culto. Batman, com Adam West no papel do Homem-Morcego, foi outro exemplo, assim como A Super Mulher, O Incrível Hulk ou The Flash. 

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