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Doze comédias para ver em família

Para aqueles dias em que o melhor programa é ficar em casa, eis 12 comédias para ver em família.

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Seja pequena ou numerosa, qualquer família pode passar um bom bocado a ver estas comédias. Na lista que se segue encontram-se clássicos dos anos 80, como Os Caça-Fantasmas, de Ivan Reitman, ou Gremlins, a encantadora comédia de terror realizada por Joe Dante e produzida por Steven Spielberg, a partir de um argumento de Chris Columbus; filmes inevitáveis dos 90s, como Sozinho em Casa e Papá para Sempre, ambos dirigidos por (mais uma vez) Chris Columbus, ou Toy Story: Os Rivais, a primeira longa-metragem da Pixar; e até umas quantas produções deste século, nos casos de Elf – O Falso Duende, de Jon Favreau, e Escola de Rock, de Richard Linklater.

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Doze comédias para ver em família

Os Caça-Fantasmas (1984)

Quando Nova Iorque é invadida por uns fantasmas viscosos quem é que se há-de chamar? Toda a gente sabe a resposta. Chamam-se os Caça-Fantasmas, quatro cavalheiros capazes de detectar e pulverizar qualquer espírito maligno até ao esquecimento. Boa parte do charme desta comédia de ficção científica deve-se aos seus anti-heróis, esses pés-rapados subitamente debaixo dos projectores graças aos seus excelentes resultados na caça ao Mal. O cientista mulherengo interpretado por Bill Murray merece evidente destaque, mas é a tresloucada personagem de Rick Moranis quem mais humor acrescenta, principalmente no ataque ao mais assombrado edifício de Manhattan.

Gremlins (1984)

O realizador Joe Dante, com argumento do futuro realizador Chris Columbus, meteu um pauzinho na engrenagem do modelo corrente de filme natalício (começando por estrear no Verão película com acção passada no Natal) e criou esta comédia destravada. Como toda a gente sabe a acção, quase sempre frenética, é criada por um grupo de monstrinhos verdes com grande inclinação para a destruição quando têm acesso a água e comida depois da meia-noite. Acesso concedido por um rapaz agradecido e de bom coração, que não esperava tão bizarro presente nem tamanha anarquia, mas que finalmente aprendeu a sua lição corrigindo o mal que inconscientemente gerou – felizmente só depois dos mostrenguinhos partirem a loiça toda, que é a grande graça da história.

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A Grande Aventura de Pee Wee (1985)

Eis o papel que deu a Paul Reubens um lugar entre os comediantes a ter em conta. A inocente e bem arranjada criança grande que é Pee-wee Herman, com o seu laço ao pescoço e as suas calças a meia haste, já tinha uma vida na banda desenhada muito antes do filme de Tim Burton a fixar em celulóide para a eternidade. Mas a direcção de Burton de certo modo estabeleceu um novo padrão para a personagem, criando, a partir do roubo de uma bicicleta, uma sucessão de sequências que são uma espécie de cavalgada carnavalesca de humor subtil e simultaneamente burlesco, enquanto o semitonto herói percorre a América em busca da sua bicicleta personalizada.

O Rei dos Gazeteiros (1986)

A geração que cresceu durante a década de 1980 decerto não esquece o filme escrito, produzido e dirigido por John Hughes, o autor predilecto dos sub-20 da época (por este e, em grande parte, por causa de O Clube). Aqui, Matthew Broderick é Ferris Bueller, o gazeteiro mais popular da sua escola, que engendra e opera, com Mia Sara e Alan Ruck à ilharga, a mais bem sucedida e divertida balda às aulas da história das baldas às aulas.

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Sozinho em Casa (1990)

O já realizador Chris Columbus, com argumento de John Hughes, deu a Macaulay Culkin o melhor papel da sua carreira nesta comédia de abrir e fechar portas em que uma larga família vai de viagem e, no meio da confusão da partida, deixa para trás o filho mais novo. Por sua própria conta, em casa onde não falta nada e o que falta pode ser encomendado pelo telefone graças a um cartão de crédito que ficou esquecido, o miúdo vai tirando o melhor partido possível da situação, até que os bandidos mais estúpidos e trapalhões do hemisfério, interpretados por Joe Pesci e Daniel Stern, pensando estar a habitação vazia, resolvem assaltá-la. Não sabiam no que se iam meter…

Papá para Sempre (1993)

O ponto de partida desta comédia familiar de Chris Columbus é sem dúvida piegas e muito, muito tonto. O que é coisa basto conveniente para um actor com queda para a anarquia da improvisação, como era Robin Williams. No papel de um actor sem emprego e pai divorciado que procura permanecer junto dos filhos e vê-los crescer, Daniel resolve disfarçar-se de velha senhora e candidatar-se ao lugar de ama que a sua ex-mulher (Sally Field) procura. Meu dito, meu feito, nasce Mrs. Doubtfire, uma caricatura nada convincente e muito kitsch de Mary Poppins, que conquista o coração das crianças.

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Toy Story: Os Rivais (1995)

O primeiro filme de animação da Pixar, Toy Story, estabeleceu desde logo o modus operandi, ou o mantra dos estúdios financiados por Steve Jobs e finalmente anexados ao império Disney: fazer filmes que entretenham tanto os adultos como encantam os seus filhos. Daí a quantidade de piadas e referências que apenas espectadores crescidos podem compreender, as quais, na prática, elevam a qualidade de um argumento baseado na simplicidade da história de rivalidade entre o vaqueiro de brinquedo, Woody (Tom Hanks na versão original), e um astronauta de brinquedo, Buzz Lightyear (Tim Allen).

Um Sogro do Pior (2000)

Conhecer os pais de uma namorada ou namorado está entre as coisas mais stressantes a que uma pessoa é sujeita, mas para Greg Focker (Ben Stiller) é muito pior do que se pensa. Começa logo por o potencial sogro (Robert De Niro) ser um antigo agente da C.I.A. desconfiado por natureza e com um polígrafo à sua disposição para detectar mentiras. Durante a visita, o azar de Focker e uma certa dose de trapalhice como que surgem em catadupa, acumulando as desconfianças do sogro, enquanto a pretendida (Teri Polo) tenta justificar as acções do futuro noivo. Stiller está hilariante e De Niro, claro, é um dos actores mais capazes de nunca parecer satisfeito.

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A Fuga das Galinhas (2000)

Feita pela Aardman em associação com a DreamWorks, esta longa-metragem resume-se numa frase: A Grande Evasão numa versão com galinhas. Neste que é provavelmente o filme de animação mais lucrativo de sempre, Mel Gibson dá voz ao galarote que vai ajudar a galinha Ginger (Julia Sawalha) e as suas amigas a evadirem-se da quinta onde os seus cruéis proprietários as exploram. Park e Lord conseguem humanizar os animais nesta obra-prima de comédia slapstick animada, onde os miúdos vêem a aventura de um bando de galinhas a tentar escapar de uma quinta e os adultos uma belíssima metáfora ao Holocausto, que consegue ser tão hilariante como comovente.

Elf – O Falso Duende (2003)

A história de Buddy, um humano criado no Pólo Norte pelo Pai Natal e os seus duendes, e a sua jornada para encontrar o seu verdadeiro pai rapidamente se tornou um êxito para toda a família. A justaposição entre o Buddy interpretado por Ferrell, um simplório que acidentalmente causa grande confusão e considerável destruição por onde passa, e o austero e resmungão homem de negócios que é o seu pai tem piada e boa onda, enquanto a realização de Jon Favreau lhe confere alguma ironia.

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Escola de Rock (2003)

Jack Black tem aqui uma das suas mais cativantes interpretações no papel do desgraçado músico que aceita o lugar de professor de música substituto e acaba a treinar uma turma de desajustados para participar num concurso de bandas. É verdade que a coisa lembra um bocado Do Cabaré para o Convento 2, mas este filme de Richard Linklater, com argumento de Mike White, é bem melhor. E dá um novo sentido à palavra entusiasmante.

Os Marretas (2011)

Jason Segel escreve, com Nicholas Stoller, e protagoniza, ao lado de uma Amy Adams perfeita (como sempre) no papel da sua namorada de longa data, esta comédia musical de 2011. Mas as verdadeiras estrelas são, obviamente, Os Marretas, que se reúnem para impedir que um magnata do petróleo destrua os estúdios onde o icónico programa de variedades de Jim Henson foi filmado nos idos de 70. A realização é de James Bobin, que fez um segundo filme com o Sapo Cocas e companhia em 2014.

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