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Doclisboa: os 10 filmes a não perder no festival

Portugal, Brasil, Peru, EUA, Alemanha e Áustria são alguns dos países de origem dos 10 filmes que escolhemos da programação do Doclisboa deste ano.

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Na edição de 2024, que decorre entre 17 e 27 de Outubro, o Doclisboa vai mostrar 183 filmes de 55 países, 28 dos quais estreias mundiais, 19 estreias internacionais e 30 portugueses. A secção Riscos é dedicada a Augusto M. Seabra, crítico que em 2007 a pensou e lançou as suas bases, e que morreu recentemente. Um dos filmes a exibir é o primeiro que ele seleccionou nesse ano de estreia da Riscos, Compilation, 12 Instants D’Amour non Partagé, de Frank Beauvais, numa sessão especial e gratuita denominada Exórdio (Culturgest, 20 Out, 15.30).

As retrospectivas deste ano são dedicadas ao realizador mexicano Paul Leduc (1942-2020) e ao tema Back to the Future, “uma piscadela de olho à história do cinema”, integrando fitas de Dziga Vertov, Marguerite Duras, Manoel de Oliveira ou Hans-Jürgen Syberberg, entre outros. A Espanha é o país convidado desta edição no espaço Nebulae. O Doclisboa decorre, como sempre, na Culturgest, no Cinema São Jorge, no Cinema Ideal, na Cinemateca Portuguesa e agora também na Casa do Comum do Bairro Alto.

Percorremos toda a programação e seleccionámos uma dezena de filmes (a programação completa pode ser consultada aqui).

Doclisboa 2024: os filmes a não perder

Vino la Noche

É do Peru que chega este trabalho de Paolo Tizón sobre um grupo de jovens que se alistaram num programa especial e muito exigente das Forças Armadas do país, para, depois de treinados, actuarem numa zona onde há tráfico de droga e grupos armados. Mas quem são e o que pensam estes jovens, alguns ainda adolescentes?

Cinema Ideal. 17 Out (Qui) 19.45 / Cinema São Jorge – Sala 3. 19 Out (Sáb) 22.00

Fire Supply

Cinco pessoas muito diferentes umas das outras, incluindo o dono de um ringue de patinagem sobre o gelo, um jogador de ténis e um filho extremoso são os principais protagonistas destes filme de Lucía Seles que é, ao mesmo tempo, uma comédia romântica e uma crónica sobre a vida numa cidade argentina.

Cinema São Jorge – Sala 3. 18 Out (Sex) 20.00 / Culturgest – Pequeno Auditório. 26 Out (Sáb) 10.30

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Sob a Chama da Candeia

Norte de Portugal, uma casa de azulejos verdes, um jardim, uma magnólia. Quartos cheios de objectos de vidas passadas aqui. Foi aqui que Alzira nasceu, viveu e morreu; aqui foi filha, mãe e avó; aqui brincou em criança, aprendeu piano e dedicou-se a um marido austero. Um filme de André Gil Mata.

Culturgest – Auditório Emílio Rui Vilar. 22 Out (Ter) 21.00 / Cinema São Jorge – Sala 3. 25 Out (Sex) 19.45

Demminer Gesänge

No seu primeiro filme em 25 anos, o autor de Hitler – Um Filme da Alemanha, Hans-Jürgen Syberberg, documenta as tentativas da cidade de Demmin, perto da aldeia onde passou a infância, para reanimar a praça do mercado central enquanto espaço comunitário, iniciadas pelo próprio Syberberg. Foi nesta cidade que se deu um dos maiores suicídios em massa no final da II Guerra Mundial.

Cinema São Jorge – Sala 3. 22 Out (Ter) 19.45

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Henry Fonda for President

O realizador austríaco Alexander Horwath faz, neste documentário, um ensaio pessoal sobre os EUA, a partir da vida e da obra do lendário actor Henry Fonda. A sua voz, gravada quando da última entrevista que deu, em 1981, e as suas personagens no cinema, guiam-nos pelo passado e pelo presente da América.

Culturgest – Auditório Emílio Rui Vilar. 24 Out (Qui) 21.00/ Culturgest – Pequeno Auditório. 27 Out (Dom) 10.30

Favoriten

Ao longo de três anos, Ruth Beckermann filmou uma turma de crianças entre os sete e os dez anos, e a sua dedicada professora, numa escola primária grande e “de risco” do bairro de Favoriten, em Viena, tradicionalmente de classe trabalhadora, mas cada vez mais variado do ponto de vista étnico.

Cinema São Jorge – Sala Manoel de Oliveira. 18 Out (Sex) 21.45/ Culturgest – Pequeno Auditório. 24 Out (Qui) 10.30 

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Dad’s Lullaby

Serhiy, um veterano da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, regressa a casa exausto e traumatizado pelos combates, esperando encontrar paz para si mesmo e para a sua família, mulher e três filhos. À noite, fala com a realizadora Lesia Diak sobre a vida na frente de combate. Entretanto, a mulher fica grávida e dá-se uma ofensiva russa em grande escala. A realização é de Lesia Diak.

Cinema Ideal. 19 Out (Sáb) 19.45/ Culturgest – Pequeno Auditório. 20 Out (Dom) 21.45

High and Low – John Galliano

A rápida ascensão, o tombo desastroso e a jornada em frente do revolucionário designer John Galliano, cuja carreira acabou abruptamente em 2011 após ter sido filmado a proferir insultos racistas e anti-semitas. Kevin Mcdonald retrata o homem por trás do génio da moda na sua busca de redenção. Depoimentos de Naomi Campbell, Kate Moss ou Anna Wintour, e do próprio Galliano.

Culturgest – Auditório Emílio Rui Vilar. 25 Out (Sex) 21.30/ Cinema São Jorge – Sala 3. 27 Out (Dom) 19.15

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Diário de Estrada: Bruce Springsteen e and The E Street Band

O próprio Bruce Springsteen é o narrador deste documentário assinado pelo seu colaborador de longa data Thom Zimny, que revela os bastidores dos preparativos da digressão musical de Springsteen e da sua banda em 2023/24, ao mesmo tempo que investiga as razões da sólida união e da longa duração deste grupo.

Cinema São Jorge – Sala Manoel de Oliveira. 20 Out (Dom) 21.45

O Dia que te Conheci

A rotina de Zeca, bibliotecário numa escola de uma cidadezinha brasileira, está prestes a ser drasticamente afectada. Não só porque vai ser despedido, mas também pela relação inesperada com Luísa, a colega de trabalho que lhe vai dar a má notícia, e que se oferece para o levar a casa no seu automóvel. Um filme de André Novais Oliveira.

Culturgest – Auditório Emílio Rui Vilar. 26 Out (Sáb) 17.00

Documentar o mundo

  • Filmes

Madonna, Patti Smith, Nina Simone, Amy Winehouse, Janis Joplin e Whitney Houston. Eis as seis cantoras que protagonizam estes seis documentários que, embora contemplando tipos de narração e estruturas formais diferentes, têm em comum o recusarem o sensacionalismo, o voyeurismo e os lugares-comuns.

  • Filmes

A revolução dos cravos nunca foi pacífica. Numa coisa, porém, quase todos concordam: a liberdade tornou Portugal um país diferente, e a democracia, apesar dos seus defeitos, permitiu o progresso. Coisa que pode não se ver bem, agora. Contudo estes sete documentários mostram o antes e depois. É só comparar.

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