Embora a Nova Vaga do cinema francês não fosse de grandes simpatias para com este realizador de filmes populares (pior, simpatizante do gaullismo), e do muito que escacharam nos seus filmes os críticos da revista Cahiers du Cinéma, na sua primeira longa-metragem Melville criou uma obra que se tornou influência fundamental no trabalho dessa geração de cineastas, e com o tempo se foi estendendo, até Tarantino, por exemplo. Aqui, com Howard Vernon, Jean-Marie Robain e Nicole Stéphane filmados em generalizado clima de claustrofobia, o cineasta adapta um clássico da literatura da Resistência francesa à ocupação nazi, em que a instalação de um oficial alemão numa casa onde co-habitam tio e sobrinha, que recusam dirigir-lhe palavra, leva a um conflito surdo e existencial surpreendente.
Sábado, 7, 21.30; Terça, 10, 18.30