O Estoira-Vergas (1951)
Jerry Lewis, a bem dizer, viveu sempre a fazer rir, ou pelo menos desde que começou a subir ao palco com os pais, artistas de “vaudeville”, e a animar o público com as suas caretas e movimentos aparentemente descontrolados. Já crescido juntou-se a um cantor de estilo descontraído, e com Dean Martin (no futuro um dos membros do Rat Pack, com, entre outros, Frank Sinatra, Sammy Davis Jr., Peter Lawford e Joey Bishop), aí por meados dos anos de 1940, criou um número em que os seus anárquicos delírios cómicos eram compensados pela atitude relaxada de Martin e a sua agradável voz. Quando chegaram ao cinema foi o que se pode dizer um estouro. Ora bem, conhecedor da história, o realizador Norman Taurog achou por bem contá-la neste filme em que Martin faz de cantor de clube nocturno falhado, até descobrir que acrescentar um trapalhão e introduzir comédia no seu número lhe traz muito mais espectadores. Taurog não deixou de fora da sua película os conflitos entre as personalidades dos actores, de certo modo prevendo como aquela aliança ia dar para o torto.