Festa em Gion (1936)
A dinâmica dos bastidores de um prostíbulo – tema a que Mizoguchi voltaria mais de uma vez – começou nesta película em que duas irmãs lidam de maneira muito diferente com a sua profissão e o seu estatuto social como gueixas. O olhar do realizador é de curiosidade, de uma certa compaixão, senão mesmo empatia, temperada por uma porção de cumplicidade que não esconde os aspectos sórdidos da profissão, embora os coloca em diferente e nada moralista perspectiva, captando com sensibilidade os desejos, os sonhos, a vida, pode-se dizer, doméstica destas trabalhadoras sexuais.