Renaldo e Clara (1978)
Hoje em dia, e quando foi feito também, Renaldo e Clara foi sempre uma curiosidade cinematográfica, durante muito tempo vista como um veículo de promoção de Bob Dylan e Joan Baez, embora seja um pouco mais do que isso. A intenção do hoje Nobel da Literatura, que dirigiu a película, era a de criar um novo tipo de filme sobre música que não fosse nem documentário nem ficção. Para isso convidou Sam Shepard, dramaturgo, como agora se diz, emergente, para escrever o argumento. Tarefa a que ele se atirou com ousadia criando um enredo (com quatro horas de duração, na versão original) que incorporava imagens de concertos, entrevistas e, mais do que tudo, interlúdios ficcionais inspirados nas canções e na vida de Dylan.