Loving Highsmith
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Os amores da escritora Patricia Highsmith

‘Loving Highsmith’ (Filmin) mostra como a imagem pública da autora de Tom Ripley – solitária, seca e anti-social – é em tudo contrária ao que a sua vida foi na realidade.

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★★★☆☆

Quando morreu na Suíça, em 1995, a escritora americana Patricia Highsmith, criadora do amoral Tom Ripley, deixou mais de dois mil manuscritos inéditos e de oito mil páginas de diários, uma selecção dos quais foi publicada recentemente. Em Loving Highsmith (Filmin), a realizadora suíça Eva Vitija recorre a eles, e a depoimentos de familiares e antigas amantes, para desvendar a vida amorosa da autora. Highsmith gostava de mulheres numa altura em que a homossexualidade estava muito longe de ser encarada e aceite como hoje, o que não a impediu de ser uma estroina, de frequentar bares lésbicos nos EUA e na Europa, e os meios boémios da altura. Teve dois ou três romances fortes, terá chegado a envolver-se com uma parente afastada e viveu um grande amor com uma mulher casada e da alta sociedade (a base do seu livro Carol).

Tudo isto contraria a imagem pública e mediática da escritora solitária, seca e anti-social, mas não nos permite (como Vitija parece sugerir nas entrelinhas) classificá-la como uma “romântica” no sentido mais vulgar e sentimental da palavra. Loving Highsmith tinha beneficiado em ser mais arrumado cronologicamente, e com uma análise psicológica tão detalhada como a exploração da vida do coração da autora de O Desconhecido do Norte-Expresso.

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