007 No Time To Die
© IMDBDaniel Craig em '007 No Time To Die'
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Os melhores filmes de James Bond

O último James Bond com Daniel Craig no papel principal chega finalmente aos cinemas esta semana. Uma boa ocasião para escolhermos os melhores filmes de 007 até à data

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O agente secreto 007 criado por Ian Fleming goza de uma tal reputação planetária, que até tem o seu dia mundial, o Global James Bond Day, que se assinala a 5 de Outubro. A pandemia de Covid-19 levou ao adiamento da estreia do novo James Bond, 007: Sem Tempo para Morrer, de 2020 para o dia 30 de Setembro de 2021 (deverá ser o último com Daniel Craig a interpretar a personagem), mas aproveitámos para fazermos a nossa lista até à data dos sete melhores filmes do maior e mais famoso agente secreto de Sua Majestade.

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Os melhores filmes de James Bond

1. ‘007-Contra Goldfinger’, de Guy Hamilton (1964)

Sean Connery tão coladinho à personagem de 007 que já se confundia com ela, tão sofisticado como perigoso; um vilão convincentemente megalómano, o rebarbativo Goldfinger de Gert Frobe; um comparsa deste muito bem desarrincado, o diminuto mas letal Oddjob; “Bond girls” de topo de gama, activas e passivas, com destaque para a Pussy Galore de Honor Blackman; um enredo muito atarefado e diálogos citáveis para a posteridade; sequências e momentos inesquecíveis, do ataque a Fort Knox a Shirley Eaton pintada de dourado; humor ácido, gadgets engenhosos e muita, muita e empolgante acção; e uma realização pulsante de Guy Hamilton. Eis as razões pelas quais 007-Contra Goldfinger é o mais perfeito e superior exemplar de filmes de James Bond, tendo durante vários anos a seguir funcionado como a matriz da série. E sem esquecer a imensamente trauteável canção-tema, entoada pela grande Shirley Bassey.

2. ‘007-Operação Relâmpago’, de Terence Young (1965)

Rodado a seguir a 007-Contra Goldfinger, 007-Operação Relâmpago soube cavalgar, e bem, a enorme onda de sucesso do seu antecessor. James Bond tem aqui que ir para as Bahamas recuperar duas ogivas nucleares roubadas pelo SPECTRE (Adolfo Celi é aqui o vilão de serviço) e a produção esmerou-se nas magníficas sequências de acção aquática e submarina, que foram tecnicamente pioneiras em termos de câmaras para filmar debaixo de água, até aí apenas usadas pelo Comandante Cousteau. E não esquecer a espectacular mochila a jacto utilizada por 007, que na altura parecia pura ficção científica e foi originalmente concebida para uso militar. Este foi também o único filme de James Bond a ganhar um Óscar de Melhores Efeitos Visuais ou Especiais.

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3. ‘007-Ao Serviço de Sua Majestade’, de Peter Hunt (1969)

O único filme que George Lazenby interpretou como 007 (há quem o considere, algo injustamente, o pior Bond de sempre) é também um dos melhores da série, porque os produtores acharam que o sucessor de Sean Connery no papel não ia ser facilmente aceite pelo público, pelo que era preciso dar tudo em termos de reforço da caracterização do herói, história, peripécias e espectacularidade. E meu dito, meu feito: 007-Ao Serviço de Sua Majestade cumpre plenamente em todos estes departamentos. O filme, parcialmente rodado em Portugal, ficou também para a história da série como o único em que James Bond se apaixona, casa (com Tracy Draco, personificada pela magnífica Diana Rigg) e fica viúvo. As sequências de acção alpina ainda hoje são de cortar o fôlego.

4. ‘007-O Agente Irresistível’, de Lewis Gilbert (1977)

A estadia de Roger Moore na personagem de James Bond levou-a por vezes para territórios um pouco caricaturais demais. Não foi o caso deste soberbo 007-O Agente Irresistível, o melhor de Moore como Bond e também o melhor da série na década de 70. O enredo volta a ter uma componente internacional e geopolítica característica dos tempos da Guerra Fria, com a devida dimensão bondiana e de ficção científica, o humor e a acção estão devidamente equilibrados, o veterano Curd Jurgens é um excelente vilão e Barbara Bach e Caroline Munro duas voluptuosas “Bond girls”. Sem esquecer, é claro, o Jaws de Richard Kiel, o terror de qualquer dentista que se preze, além de um agente 00.

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5. ‘007-Licença para Matar’, de John Glen (1989)

Timothy Dalton só durou dois filmes na pele de James Bond após substituir Roger Moore, mas o segundo ficou entre os mulheres do agente de Sua Majestade. E 007-Licença para Matar fica igualmente entre os mais crus e mais violentos da série, com Bond a desobedecer aos superiores, a revogar a sua licença para matar e a actuar por conta própria, para ir vingar o seu amigo da CIA Felix Leiter e a mulher, esta assassinada após o seu casamento com aquele, que foi mutilado por tubarões às ordens de um cruel senhor da droga latino-americano (Robert Davi). O filme tem o extra de dar ao castiço Q de Desmond Llewelyn mais tempo de antena do que é habitual na série.

6. ‘007-GoldenEye’, de Martin Campbell (1995)

O distintíssimo Pierce Brosnan teve os seus altos e baixos personificando James Bond, muito menos por culpa dele do que dos argumentistas. Mas estreou-se em grande estilo na personagem com este fulgurante 007-GoldenEye. No pós-Guerra Fria e pós-queda do Muro de Berlim e colapso do comunismo, 007 tem que salvar o mundo, após o roubo de uma arma secreta para uso na guerra no espaço, que ficou na posse de um grupo de criminosos russos. Brosnan faz um 007 cheio de charme, mas impiedosamente letal, quando necessário. O filme tem muita e óptima acção, o clímax passado em Cuba (na realidade, Porto Rico) é um dos pontos altos de toda a série e a Xenia Onatopp de Famke Jenssen, que mata ao dar prazer, um achado.

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7. ‘007-Casino Royale’, de Martin Campbell (2006)

O que foi escrito acima sobre Pierce Brosnan aplica-se também a Daniel Craig quando chegou à personagem de James Bond. Mas Craig, que tal como Brosnan conseguiu de imediato chamar Bond a si, teve uma coisa que faltou àquele quando, por sua vez, assumiu aqui a figura de 007. Um filme com um argumento baseado directamente num dos livros de Ian Fleming, que apenas tinha sido rodado em jeito de comédia paródica em 1967. Em 007-Casino Royale, a série regressa, em espírito, vibração ambientes e personalidade narrativa, aos melhores tempos de Sean Connery, com Daniel Craig a revelar-se um Bond mais sombrio e complexo do que estávamos habituados, e Mads Mikkelsen muito bom a dar corpo ao sinistro e sádico vilão Le Chiffre.

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