Joker
Monaghan, Romero, Ledger, Nicholson, Leto e Phoenix

Os piores e melhores Joker do cinema e da televisão

Jack Nicholson ou Heath Ledger? Cesar Romero ou Joaquin Phoenix? Fizemos um ranking dos melhores Joker no cinema e na televisão.

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O Joker é um dos principais inimigos de Batman e o papel do escarninho e cruel vilão de Gotham City já foi interpretado por um punhado de actores, uns mais conhecidos e famosos do que outros, tanto na televisão como no cinema. A Adam West, Jack Nicholson ou ao malogrado Heath Ledger juntou-se mais recentemente Joaquin Phoenix, que faz a personagem em dois filmes assinados por Todd Phillips. A particularidade destas fitas é que são as primeiras em que o Joker é o protagonista. Uma desculpa perfeita para elaborar a nossa lista dos piores e melhores intérpretes da personagem.

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Os intérpretes do Joker, do pior ao melhor

6. Jared Leto

O Joker de Jared Leto em Esquadrão Suicida está algures a meio caminho entre um skinhead psicopata e psicadélico, e uma personagem de um filme de ficção científica pós-apocalíptica, tendência Mad Max. E não são poucas as vezes durante o filme em que se diria que Leto – um actor cheio de méritos, aliás – parece um imitador de Jim Carey a tentar interpretar Jim Carey a interpretar o Joker. E não percebe que, muitas vezes, “mais” é de mais. Como se vê em Esquadrão Suicida.

5. Joaquin Phoenix

Quando bem dirigido, Joaquin Phoenix é um actor de muitos e bons recursos. Quando o deixam à solta, a coisa fia muito mais fino. Em Joker, Todd Phillips deu-lhe carta branca e Phoenix parece querer emular Sean Penn e tirar-lhe o título de Campeão dos Tiques e das Caretas de Hollywood. O seu Joker é uma colecção de maneirismos faciais, físicos e vocais extremados pela condição mental da personagem de Arthur Fleck, um vilão que pretende ter uma dimensão trágica mas não consegue passar do patético, um assassino psicopata com escasso arcaboiço maléfico. A continuação, Joker: Loucura a Dois, é um filme que contradiz e desconstrói o original, bem como a personagem do Joker, e a confina ao desamparado e desequilibrado Artur Fleck, pelo que quase nada Joaquin Phoenix acrescenta à sua interpretação, tirando a inesperada dimensão musical em que o realizador Todd Phillips envolveu todo o projecto. Mesmo assim, há um pouco mais de consistência dramática e menos histrionismo neste Joker/Fleck.

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4. Cameron Monaghan

Este actor pouco conhecido teve o grande infortúnio de ter sido escolhido para viver o Joker na série Gotham, após Heath Ledger o ter personificado em O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan, com o impacto e o sucesso que se conhecem. E Cameron Monaghan, ao tentar afastar-se da interpretação de Ledger e fazer algo diferente, acabou, talvez inconscientemente, por a tentar emular. O resultado é um Joker chegado em tom ao de Ledger, embora não tão diabolicamente intenso.

3. Cesar Romero

Actor veterano, Cesar Romero foi o primeiro a interpretar a personagem do Joker, na série de televisão Batman dos anos 60 (e num filme que ela gerou), que tentava estar o mais próximo possível do comic de Bob Kane. Romero entrou perfeitamente no espírito da coisa. O seu Joker é muito parecido com o que se manifesta nas histórias de Batman dessa época. Ele é um cruzamento de criminoso e histrião, com o gosto de pregar partidas e dono de um sentido de humor doentio, e é tão divertido como perigoso.

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2. Heath Ledger

Quando Christopher Nolan tomou conta da série de filmes Batman, alguém escreveu que o realizador inglês a tinha embebido no estado de espírito do mundo pós-11 de Setembro. O mesmo sucedeu ao Joker de Heath Ledger em O Cavaleiro das Trevas: ele é niilista, anarquizante, diabólico, aterrorizador, uma espécie de antípoda extremado de Batman, cuja principal intenção é “pegar fogo ao mundo”, como diz na fita o Alfred de Michael Caine, e ficar a vê-lo arder, satisfeitíssimo, e revendo-se demoniacamente na sua obra destruidora.

1. Jack Nicholson

Se Heath Ledger é o Joker favorito dos apreciadores do Batman da era Frank Miller em diante, Jack Nicholson é o preferido daqueles que plebiscitam o Homem-Morcego da era clássica. Nicholson e Tim Burton, realizador do primeiro filme de Batman, em 1989, entenderam-se logo para que o Joker combinasse elementos da Idade de Ouro do comic e outros mais modernos, com Nicholson a chamá-lo, inevitavelmente, à sua persona cinematográfica. É um Joker muito bem calibrado entre o clownesco e o sociopata. Exemplos: a pistola que dispara um pano onde se lê: BANG!, e a flor de lapela que esguicha ácido sulfúrico.

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