Crítica: WandaVision
DRCrítica: WandaVision
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‘WandaVision’, uma impressionante encenação dentro da encenação. Mas...

Com Elizabeth Olsen e Paul Bettany nos papéis principais, ‘WandaVision’ é a mais recente incursão no Universo Cinematográfico da Marvel.

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★★★☆☆

Quem não estiver familiarizado (ou não tiver o menor interesse) no Universo Cinematográfico da Marvel, terá alguma dificuldade em seguir WandaVision (Disney+), de tal forma a série utiliza personagens, temas, referências e linhas narrativas daquele. WandaVision é, em boa parte, uma série para iniciados, pelo que os leigos e os indiferentes, postos perante o casal Vision e Feiticeira Escarlate (aliás Wanda Maximoff), ressuscitado e transferido para a televisão, enquanto não se encaixam naquele atarefado e sobrepovoado mundo ficcional, podem apreciar a excelência da direcção artística, do fazer técnico e do sentido de pastiche, que mimam ao mais ínfimo pormenor, convenção e tique, várias décadas de sitcoms americanas, dos anos 50 a preto e branco até agora, numa impressionante encenação dentro da encenação.

Com Elizabeth Olsen e Paul Bettany a ajudarem, e muito, nos papéis de Wanda e Vision, recriando os vários estilos de interpretação das sucessivas eras de sitcoms. À medida que esta primeira temporada de WandaVision se vai aproximando do final, mais a “realidade” do Universo Cinematográfico da Marvel se vai intrometendo na “irrealidade” encenada. Que a próxima não seja dominada pela espectacularidade vácua e pelo gigantismo infantilóide dos filmes de super-heróis, é o que se deseja.

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Por muito que a gente adore o Homem-Aranha de Sam Raimi (e até ache alguma piada a O Incrível Hulk de Ang Lee), o universo cinematográfico da Marvel só começou a ganhar forma em 2008, com o Homem de Ferro de Jon Favreau. E passados mais de dez anos encontra-se em grande, com filmes como Black Panther, de Ryan Coogler, a ganharem Óscares. Mas não foi fácil chegar até aqui.

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