Desporto, Futebol Feminino, EUA, Megan Rapinoe
©DRMegan Rapinoe
©DR

Sugestões LGBT+ para o período de confinamento

Temos quatro sugestões online e gratuitas para se entreter sem sair de casa.

Publicidade

Sabemos que não é fácil estar em casa, e na hora de inventar programas até a imaginação tem os seus limites. Para o ajudar a combater o tédio, a oferta cultural online tem continuado forte, e a agenda LGBT não ficou de fora. Um queer quiz sobre desporto, uma agenda virtual pensada para a Queerentena, podcasts arco-íris e o LGBTFLIX, a alternativa LGBT à Netflix. Damos-lhe quatro sugestões online e gratuitas para se entreter sem sair de casa.

Recomendado: Time In - As melhores coisas para fazer sem sair de casa

Sugestões LGBT+ para o período de confinamento

1. Participe nas actividades online do Queer as Fuck

O colectivo Queer As Fuck, fundado por Raquel Smith-Cave, licenciada em Literatura Inglesa, começou por organizar o primeiro queer book club de Lisboa, no Valsa, na Penha de França, em Fevereiro do ano passado. Com a pandemia, muitas das actividades que tinham programadas passaram a acontecer online. Esta semana, com o confinamento geral, reforçam a programação virtual com um queer quiz na próxima sexta-feira, 29, às 21.00. O tema será desporto (com destaque, claro, para atletas LGBT) e para se inscrever basta enviar um e-mail. A participação é gratuita mas sugere-se um donativo de 3€. As actividades online do colectivo, que já tiveram quizzes sobre a famosa série L Word, por exemplo, incluem também o visionamento de filmes no Twitch seguido de debates online (o último foi sobre o filme Gender Revolution, de 2017, da National Geographic). É estar atento às páginas de Facebook e Instagram do Queer As Fuck. Próximo quiz na sexta-feira, às 21.00.

2. Siga as sugestões da Queerentena

No primeiro confinamento, em Abril, o Clube Safo criou a Queerentena, uma plataforma online com sugestões de filmes, livros e actividades para não se aborrecer em casa. “Como estávamos em modo ansiedade pura, decidimos fazer uma plataforma com conteúdos digitais para ajudar as pessoas que estão como nós”, contava na altura à Time Out Alexa Santos. “A plataforma serve para a disseminação de conteúdos numa época em que a única forma de nos entretermos é em casa e online”, explicava. “Muitas vezes achamos que há uma falta de recursos e a plataforma serve exactamente para juntá-los a todos.” Muitas das sugestões, por exemplo, de séries e filmes, são gratuitas, com os links para o streaming online. Uma das últimas propostas, partilhada na página de Facebook do Clube Safo, foi Colette (2018), o filme de Wash Westmoreland sobre a vida da escritora Sidonie-Gabrielle Collette, com Keira Knightley no papel principal, disponível gratuitamente no RTP Play. “O que o filme não diz é que Colette também tinha relações com mulheres”, comentam.

Publicidade

3. Oiça podcasts arco-íris

Na véspera de eleições destacámos o podcast Para Lá do Arco-Íris, de Helder Bértolo, presidente da Opus Diversidades, que começou em Setembro de 2019 e que tenta desmistificar alguns preconceitos em relação à comunidade LGBT. Antes das eleições entrevistou vários candidatos presidenciais (Ana Gomes, João Ferreira e Marisa Matias), com perguntas sobre a sua agenda LGBT, que normalmente escapam aos debates televisivos. Com um novo canal do YouTube, onde as entrevistas são transmitidas em vídeo, promete trazer temas diferentes todas as semanas. Também no YouTube e no Instagram, Ary Pinto e Isaac Santos criaram em 2019 o canal T Guys Cuddle Too, onde todas as semanas ajudam pessoas trans e esclarecem dúvidas ao público em geral sobre questões que vão recebendo por mensagem, por exemplo, como funciona o sexo entre pessoas trans, um dos vídeos dos mais visualizados das últimas semanas, e até sobre a polémica com J.K. Rowling. Tudo de uma maneira descontraída e acessível, verdadeiro serviço público.

4. Esqueça a Netflix e explore o LGBTFLIX

É uma espécie de Netflix só com filmes LGBT, mas gratuito e Made In Brasil. Pensado para o entretenimento em tempos de quarentena, o LGBTFLIX tem mais de 150 filmes brasileiros, grande parte curtas. “Nesses dias de quarentena, a sensação de isolamento que sofrem muitas pessoas LGBT+ piora – ainda mais para aquelas que vivem em lares opressores. Pensando nisso, nós organizámos uma galeria de filmes brasileiros de temática LGBT+ que dá pra assistir no celular”, contam no site. O site orgulha-se de ter filmes “para todas as letras da sigla”. Por exemplo, o primeiro episódio de Quem Sou Eu?, uma curta sobre os desafios da inserção da comunidade trans no mercado de trabalho brasileiro ou Megg - A Margem Que Migra Para o Centro, a história de Megg Rayara, uma travesti negra que consegue conquistar o título de doutora, algo inédito no Brasil. O site foi criado pelo colectivo #VoteLGBT, que desde 2014 procura a representatividade LGBT em vários espaços, principalmente na esfera política.

Votelgbt.org/flix

As melhores sugestões Time In

Publicidade
Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade