No final do século XIX, D. Carlos escolheu Cascais como destino de veraneio – e a vila não mais foi a mesma. Pela baía acima, e em torno da fortaleza da Cidadela, os amigos aristocratas do rei construíram mansões e palacetes para lhe fazerem companhia nos meses quentes. Foi o caso de Francisco Trindade Baptista, membro da corte, que não podia imaginar que, mais de cem anos depois, a sua casa de estilo romântico, com varandas, janelas e portas rococó, seria um boutique hotel moderno e luxuoso, com uma fachada de Vhils (Alexandre Farto): o Artsy.
O charme do final do século XIX mantém-se, mas juntou-se-lhe uma nova ala, de traços contemporâneos e minimalistas, ligada por uma estrutura de vidro, onde é possível dormir dentro de uma instalação de arte urbana, que abraça as janelas do lado de fora dos quartos, deixando entrar a luz por pequenos orifícios.
Além dos Artist Rooms, existem os Cosy Rooms, os Superior Rooms, as Signature Suites e a Attic Suite (no último piso, ideal para três pessoas), num total de 19 quartos espalhados por três pisos. No topo, um inesperado rooftop exclusivo para hóspedes com uma pequena piscina aquecida, espreguiçadeiras confortáveis, honesty bar e serviço até às 20.00.
No interior, espalhada pelos quartos, corredores e zonas comuns – como o Pink Room, para reuniões, jantares privados, exposições e workshops, ou o irreverente Library Bar à entrada, onde os hóspedes são acolhidos na hora de fazerem o check-in e onde podem trabalhar, ler, picar qualquer coisa ou beber um copo ao longo do dia – há sempre arte.