O Brown’s Central é tudo menos aborrecido. Está no centro da Baixa Pombalina, num edifício de traça antiga, mas não quer ser mais um hotel que se apoiou na história da cidade para se fazer valer. Em vez disso, corta com o estigma do hotel à porta fechada para ser um espaço aberto ao convívio e ao encontro das artes, o que talvez explique o facto de o bar e o restaurante serem poiso frequente de artistas e galeristas em prospecção e de ambos terem uma agenda cultural com conversas e concertos pop up.
O ambiente dispõe-se a isso, com uma onda revivalista que recria os cafés das tertúlias de início do século XX numa combinação invejável de mobiliário vintage com peças de arte contemporânea, paredes de cores fortes, chão de mosaico e um balcão de inspiração Art Déco que dão um toque intimista e ao mesmo tempo familiar às salas.
Na Brasserie só se servem almoços e a ementa é tão simples quanto genuína, apostada na cozinha tradicional portuguesa – a poucos metros do hotel, no Terreiro do Paço, não faltam boas opções para jantar. A partir do fim da tarde, é comum a sala estar ocupada com uma exposição, uma inauguração ou um encontro de artistas.
Dica Time Out: Se antes de vir a Lisboa pesquisou algum hashtag relacionado, é certinho que já se cruzou com as panquecas mais instagramadas da cidade. São do Nicolau Lisboa, a nova sala de estar dos alfacinhas, que para além de ser um sítio giro onde apetece estar, serve os pequenos-almoços e brunches da moda da cidade. A reserva é obrigatória, claro.