Ali para os lados do Sabugal, Rapoula do Côa é um daqueles sítios que só acreditamos que existem quando lá vamos ver que existem mesmo. Além da praia fluvial que refresca o calor insuportável que teima em atacar as Beiras durante o Verão, esconde um dos hotéis termais mais arrojados do país. As propriedades curativas das águas do Cró eram já do conhecimento d’El-Rei D. João V no tratamento e prevenção de problemas musculoesqueléticos, reumáticos, respiratórios e dermatológicos, mas só em 2005, depois de vários “pára- -arranca” na concessão das termas, é que o hotel tomou conta dos balneários, transformando-os num espaço onde apetece mesmo ir passar uns dias a tratar do corpo. A obra não foi consensual e houve até quem se insurgisse contra a construção do “mamarracho” em plena zona rural mas se nos permitem aproveitamos este bocadinho para discordar da crítica e acrescentar que foi precisamente aqui que nos sentimos à vontade para, pela primeira vez, subscrever um plano termal sem nos sentirmos com os pés para a cova. Termas e juventude eram dois conceitos difíceis de cruzar até aparecer este empreendimento e isso deve- -se em grande parte à configuração do espaço, ultramoderno e minimalista, com 26 quartos com banheira panorâmica e um restaurante tradicional, mas também a uma muito necessária mudança de discurso na apresentação das termas. “Não é só para velhinhos doentes, é para toda a gente que precise de ajuda a tratar alguns problemas de saúde ou tão simplesmente para aumentar os níveis de bem- -estar geral”. Para responder a essa missão, o Cró acrescenta ao termalismo terapêutico, serviços de fisioterapia, um spa medicinal e uma piscina aquecida hidrodinâmica com 160 m2, de entrada livre. O acesso ao balneário termal é avaliado numa consulta médica (55€) que vai determinar o tipo e a duração do tratamento e no caso o preço varia de acordo com a posologia.
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