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Agora, é a cadeia espanhola que quer conquistar quem visita Lisboa, e não são poucos os trunfos que guarda na manga ali em frente à Doca da Marinha. Em apenas cinco minutos, o mais incauto dos clientes percebe que está num hotel onde o bom gosto da decoração contemporânea rivaliza com camadas e camadas de histórias aqui vividas. Literalmente. É que está tudo à mostra, sem pudores. A pièce de resistance está ali à mão de semear, a poucos passos da recepção e remonta à altura em que Lisboa ainda se chamava Olisipo. Trata-se de uma divisão com 39 m2 – uma domus, típica residência romana, com pavimento em mosaico do século II ou III e a maior in situ alguma vez descoberta em Lisboa. Ao centro, uma quase intacta Vénus que tenta alcançar a sandália, em representação de um antigo mito romano. Estamos num hotel, é verdade, mas também estamos num museu (daí o nome) e aos domingos há visitas guiadas por arqueólogos aos achados encontrados durante as escavações no antigo Palácio Coculim. Há vestígios que vão desde a Idade do Ferro, passando pela ocupação romana e a árabe, até ao século XX, quando o palácio foi ocupado pelos Armazéns Sommer.