Hotel Convento do Salvador

Como a casa é grande, com 43 quartos, dá sempre para dar um jeitinho e encaixar mais um, mas às vezes é por pouco. Os quartos não são muito grandes e têm camas king size, que não sendo muito amigas da poupança de espaço, são superconfortáveis. A decoração dos quartos está um pouco adormecida no meio de tantos brancos e merecia mais qualquer coisa para arrebitar o clima, principalmente depois de passarmos pela recepção e pelo bar, dois ambientes tão frescos e originais.
Do antigo convento que funcionava no edifício resta apenas a estrutura, tudo o resto foi projectado de raiz. O antigo pátio transformou-se num bar lounge todo moderno, com grinaldas de luz e música ambiente a animarem os fins de tarde, e a antiga sala de refeições é agora uma vibrante sala de estar, com uma mezzanine onde são servidos os pequenos-almoços.
Orgulhoso da sua apurada veia artística, o Hotel Convento do Salvador faz questão de emprestar os seus espaços e paredes a grandes artistas nacionais. Há obras de Sebastião Salgado, Júlio Pomar, João Cutileiro e Paula Rego. O painel de azulejos no átrio foi encomendado pelo hotel à dupla de artistas Pedrita.
Mesmo à porta há uma paragem do mítico eléctrico 28, mas não vale a pena ficar horas na fila à espera. Vá estudando o movimento até encontrar uma hora em que seja possível desfrutar realmente da viagem sob pena de ir dar a volta à cidade com a axila de um senhor colada ao nariz todo o tempo.
O Chiado, a Baixa, a Sé e o Castelo estão a cinco minutos de distância.