Isto porque a esmagadora maioria dos hotéis da capital parece competir pelo melhor postal de Lisboa e o mais provável é a pessoa a quem descrevemos a experiência ter outra tão boa ou melhor para contar. É tudo uma questão de perspectiva, na verdade, e esta muda consoante a localização – o que não significa que haja panorâmicas mais valiosas do que outras, há apenas ângulos diferentes. É assim nas cidades bonitas. No caso do Intercontinental, o assunto é sério pelo simples facto de poucos hotéis se poderem gabar de um enquadramento tão alargado a partir do terraço, com o Marquês de Pombal e a Av. da Liberdade de um lado, o Parque Eduardo VII mesmo à porta, com a Baixa, o Tejo e o Cristo Rei (já não muito nítido mas ainda visível) lá ao fundo. É conseguir reunir no mesmo campo de visão as várias caras de Lisboa: a urbana, da cidade pura e dura, a bairrista do centro histórico e a cosmopolita, com a agitação de um dos maiores parques verdes da cidade logo à frente. E isso é raro, tanto quanto um hotel de cinco estrelas e 331 quartos não ter o ar contaminado por aquele nervoso miudinho típico dos sítios grandes com muita gente. E o Intercontinental consegue não tê-lo, muito por causa da equipa de bastidores que põe a máquina a mexer com uma leveza e eficácia surpreendentes – tão caseira que por momentos nos esquecemos que temos centenas de pessoas à volta.
O edifício com 30 anos submeteu-se recentemente a um pequeno lifting que devolveu ao hotel o brilho que lhe era devido, com uma decoração arejada e acolhedora e o acrescento, nos quartos, da tecnologia necessária à vida no século XXI – há wifi em todo o lado. O restaurante Akla é famoso pelo bife tátaro – um dos melhores da cidade – e garrafeira exemplar, mas vale a visita só para ver os painéis de azulejo que ainda ficaram de outros tempos.
Quem optar por uma das suítes pode alargar o horário de pequeno-almoço e pedir para entregar directamente no quarto.
Tem ginásio e estacionamento privado.
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