O que geralmente costuma resultar desta equação perigosa não é bonito de se ver, mas o Arsenal Suites Lisboa soube apontar a mira ao mercado e criar um conceito de alojamento mais fluído, que tanto serve a função de hotel como de apartamento de férias, de preferência para hóspedes autónomos que passem o dia na rua. Cingiu-se aos serviços mínimos de dormida e pequeno-almoço (não tem restaurante) e limou-lhes as arestas para tornar o espaço o mais confortável e moderno possível, em pleno Chiado. De entre os 23 quartos, há suítes, estúdios e apartamentos independentes com kitchenette, para que haja sempre a opção de poder cozinhar em alternativa a sair todos os dias para jantar. Uma garrafa de vinho, pão fresco e queijo e está feita uma refeição – a boa notícia é que encontra todos estes produtos numa volta rápida pelas lojinhas da Baixa. Um hotel urbano, hoje em dia, já não pode funcionar de dentro para dentro, tem de se saber valer de tudo o que tem à volta, e nesse departamento, a gestão do Arsenal Suites é brilhante. Para quê ter restaurante quando há dezenas de opções logo ao lado? Porque não abdicar do bar, se o que mais há à volta é bares com terraços panorâmicos e bebidas exóticas? Porque não ter uma cozinha que incentive o convívio à mesa e o uso dos produtos locais? Não é preciso ter jardim quando Lisboa está ali à porta. Lisboa é o jardim do hotel e enquanto um e outro existirem, não há nada que os separe.
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