Jovem e requintado q.b., este boutique hotel com 45 quartos, no eixo entre o Chiado e a renovada Ribeira das Naus (a “praia” à beira-rio da capital), quer ser o amigalhaço da malta nova que vem a Lisboa e consegue-o sem grande esforço com um ambiente simultaneamente artístico e descontraído. Por um lado, não esquece a identidade da cidade que o viu nascer e conta a sua história em cinco pisos temáticos, onde os quartos estão decorados com painéis fotográficos dedicados ao fado, à literatura e à animação do Bairro Alto – alguns com vista de rio e todos com máquina de café Nespresso. Por outro, muito por causa do facto de estar no centro da movida, é um belíssimo representante da Lisboa cool que figura no top dos destinos mais sedutores do mundo. Não há nada de muito vanguardista na decoração e isso, numa altura em que os hotéis boutique da cidade parecem competir pela ribalta, é não só um alívio (menos é mais e é bem verdade), como também o segredo por trás do ambiente intimista que nos faz sentir em casa.
O que poderá ser uma desvantagem para quem não gosta de peixe cru, será um delírio para os amantes de sushi: o restaurante do hotel, Confraria LX, dedica-se em exclusivo à gastronomia japonesa. Se esta não é a sua praia, só tem de descer ao Cais do Sodré e escolher entre outras cozinhas do mundo ou tascas típicas – há de tudo, garantimos que não fica mal servido.