Depois da invasão de Sagres, em 2007, e de Alfama, seis anos mais tarde, fazia sentido apostar numa das zonas mais nobres da cidade, aquela que, apesar do frenesim turístico, ainda se pode considerar a “Lisboa dos lisboetas”, cool como só ela e cosmopolita como nenhuma outra, e onde, estranhamente, escasseia a oferta de alojamento. Mais uma cadeia hoteleira à conquista da capital, perguntará o leitor mais atento? Nada disso. Os dois sócios, Rodrigo Machaz e João Correia Nunes, preferem antes chamar-lhe uma “colecção de hotéis”, uma espécie de caderneta de cromos que se vai completando sem aquela ânsia de chegar ao fim antes dos outros todos. Dizem que à terceira é de vez – no caso do Memmo logo se verá.
Bom, na verdade, talvez ainda demore a aparecer concorrência à altura, até porque é difícil (senão impossível) competir com a vista do terraço do bar e restaurante, onde também está a piscina virada para o castelo de São Jorge – igualmente avistável da maioria das varandas dos quartos. As outras suítes compensam a falta de panorâmica com áreas exteriores generosas e lareira ao ar livre.
O edifício é novo, longe do ideal pombalino, mas as referências históricas são mais do que muitas, a começar no lobby, com um retrato do homem que deu o nome ao bairro – assinado por Carlos Barahona Possollo, o mesmo que pintou o retrato oficial de Cavaco Silva –, até ao Café Colonial, o novíssimo restaurante onde o chef Vasco Lello se compromete a reinterpretar os sabores exóticos das ex-colónias em pratos modernos, pensados para partilhar.
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