O grupo B&G encontrou ali perto de Lagoa um terreno debruçado sobre a Praia das Gaivotas e tratou rapidamente de o converter no primeiro resort da região. Corria o ano de 1967 e o Algarve começava então a assistir aos primeiros êxodos sazonais e às primeiras enchentes. Empenhado em apresentar uma alternativa mais luxuosa à clássica oferta de quartos, chambres, rooms e zimmers, o Vilalara Thalassa Resort soube tirar partido da localização privilegiada e atacou o mercado com uma proposta irrecusável: 11 hectares de jardim com vista para o mar e 111 suítes com áreas mais generosas do que a maioria dos apartamentos em Lisboa.
E como é que se consegue um hotel com tanta ocupação (é imenso) sem haver atropelo de hóspedes? Simples: aproveita- -se que há espaço de sobra ao ar livre e criam-se zonas de lazer que possibilitam aquela opção fabulosa de se poder escolher para onde se quer ir e com quem.
O Vilalara Thalassa Resort mudou a paisagem e a oferta turística do Algarve ao estacionar o primeiro resort de luxo numa falésia em cima do mar. Já lá vão 50 anos.
Imaginar o Algarve há 50 anos é um daqueles exercícios de memória que a maior parte de nós não consegue completar. Somos filhos dos anos 70, 80 e 90, conhecemos o sul do país já como estância balnear, epicentro da movida estival e anfitrião dos Verões mais loucos de Portugal. Longe, portanto, da região desertificada e profundamente rural que sobrevivia quase em exclusivo da pesca e da agricultura. Foi só nos anos 60, ainda no rescaldo da ditadura, que o país (e o resto da Europa) começou a despertar para o potencial turístico do Algarve. Praias de areia branca e mar cristalino, temperaturas acima da média todo o ano, gastronomia rica em peixe e marisco frescos e muito, mas mesmo muito, território por explorar.
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