O Palácio do Governador, em Belém, deve a decoração inspirada no período dos Descobrimentos à designer Nini Andrade Silva, que foi buscar a história do edifício para desenhar a identidade do hotel. A vista directa para o Tejo, a poucos metros distância, é só mais um apontamento de charme. Na verdade, este hotel não é só mais um no panorama de luxo da cidade, sendo provavelmente o único a representar de forma tão genuína as verdadeiras cores da Lisboa típica, urbana e virada para fora. Os pormenores arquitectónicos do interior foram preservados sempre que possível e isso vê-se na recepção, que agora ocupa o espaço da antiga capela e que ainda mantém os lambris de azulejos e os tectos de masseira do prédio original. No pátio da entrada, estão ainda resquícios da antiga fábrica que aqui funcionou e alguns dos quartos (60 no total) mantêm os tectos em arco e tijolo picado. A decoração segue o caminho das Índias nas sedas selvagens que forram as paredes, no chão de pastilha e nos padrões que decoram a roupa de cama.
Cá fora, a piscina é de paragem obrigatória, senão para ir a banhos, pelo menos para aproveitar a esplanada do restaurante, ou o terraço elevado do bar, ambos virados para o rio. Apesar de o hotel ser quase magnético, deixando-nos muito pouca vontade para sair, vale a pena ir à descoberta do bairro, de preferência sempre à beira-Tejo. Na vizinha Avenida de Brasília, por exemplo, encontra o Darwin’s Café, um café-restaurante de luxo de cozinha contemporânea e esplanada em cima do rio, ideal para um almoço retemperador depois de uma manhã passada no MAAT, a nova proposta cultural de Lisboa num edifício contemporâneo que merece especial atenção.
A cereja no topo do bolo é o Spa e hammam com piscina interior de 25 metros. Se não estava a pensar parar muito no hotel, pense de novo.
A Time Out diz
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