Depois da sua morte, o edifício esteve ao abandono mais de 60 anos, até ser comprado pelo grupo Pestana, que reconheceu neste Petit Trianon um diamante em bruto. Só em 2001, depois de ser elevado a Monumento Nacional, é que abriu ao público como Pestana Palace, a jóia da coroa do grupo hoteleiro e já considerado um dos melhores hotéis de luxo do mundo – Madonna que o diga, que já por cá passou. Dos 193 quartos e quatro suítes, a suíte D. Carlos, a maior do hotel, em homenagem ao penúltimo monarca português, é exatamente aquilo que se espera de um aposento real: luxuosa, elegante, espaçosa e confortável, com um terraço de 33 metros quadrados com vista para o Tejo e para a piscina e jardins tropicais do hotel, duas salas de estar, sala de jantar, casa de banho com banheira de pés e cama king size, como tinha de ser.
O Marquês de Valle Flôr, não sendo um homem previsível, era um assumido apaixonado pelo Oriente, razão que explica a existência de uma Sala Japonesa no edifício anexo da Casa do Lago, um sinal da modernidade de outros tempos e que continua a fazer parte da identidade do hotel, onde os quartos estão organizados de acordo com os princípios do feng-shui.
Para relaxar a sério, o Magic Spa é o destino óbvio. Vencedor do prémio World Luxury Spa, é o pretexto certo para um daqueles dias em que não apetece despir o roupão – passear cansa muito, estamos de acordo.
Entre os antigos salões de baile esconde-se, discreto, o restaurante Valle Flôr, com ementa tradicional portuguesa em alternativa às propostas internacionais (e mais leves) do bar, que tem ceviches, carpaccios e sopas.
Dica Time Out: Durante o Verão, aos sábados, os jardins do hotel abrem ao público para recebem o piquenique mais chique da cidade, um brunch ao ar livre preparado com a mestria dos chefs do restaurante e com uma variedade surpreendente de pratos quentes e frios, cocktails e outras espirituosas originais.