O nome do hotel não deixa margem para grandes suspenses: por dentro e por fora, é tal e qual o que se espera encontrar na casa de uma família da nobreza a viver nos dias de hoje. A mobília antiga, os cortinados de veludo, as poltronas de pele, os espelhos dourados e as variações entre o chão de mármore e de tábua corrida definem o tom intimista do hotel, conseguido graças à originalidade e capacidade transformadora da designer Graça Viterbo, a grande responsável por devolver ao centro histórico um lugar confortável e glamoroso, como eram os hotéis antes da explosão das grandes cadeias. A ocupar o edifício da antiga cozinha do castelo (só depois se tornou casa particular), tem apenas 20 quartos – alguns com uma vista incrível sobre a Baixa e o Tejo. Também não tem restaurante, mas há serviço de quartos 24 horas com um menu de saladas e snacks, o que pode servir para desenrascar uma refeição mais apressada. Quando bater aquela preguiça ao fim da tarde e o corpo começar a pedir para abrandar o ritmo, já sabe, está na hora de sair para ir à procura de alimento num dos muitos restaurantes e tascas vizinhos – não sem antes esperar pelo momento em que o pátio interior se ilumina para receber a noite.
Vale a pena descer às catacumbas do Solar do Castelo para conhecer o pequeno museu com artefactos romanos e medievais descobertos durante as obras de remodelação do hotel.
Dica Time Out: Nos últimos anos, Lisboa tem sido vítima de um saque grotesco, com roubos cada vez mais frequentes dos azulejos das fachadas dos prédios históricos. Na Mouraria, a cinco minutos de distância do hotel, encontra um sítio para comprar azulejos de forma legítima e sem cair no conto do vigário. Há inúmeras lojas de souvenirs a vender gato por lebre, mas os azulejos a sério, aqueles que já são uma raridade (muitos de colecções que já foram descontinuadas), estão à venda na Cortiço & Netos, na Calçada de Santo André.
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