The 7 Hotel

Saber quanto quer gastar, onde e em quê é quase sempre o ponto de partida para o resto dos planos e às vezes é preciso cingir-se ao essencial. Comer fora, por exemplo, representa quase sempre a maior fatia de despesa a seguir ao alojamento. Uma sandes de panado aqui, um bitoque só para provar, uma ginjinha ao final do dia, acompanhada de um pastel de nata, e feitas as contas não sobrou dinheiro para fazer muito mais. Em Lisboa a oferta é tanta e tão boa que se torna particularmente doloroso ter de abdicar da experiência gastronómica, mas se a visita à cidade depender disso, que assim seja – há muita coisa para ver e fazer a custo zero. O The 7 Hotel, de portas abertas desde 2015, juntou à oferta clássica de quarto e pequeno-almoço estúdios com kitchenette para fazer as refeições em casa. O hotel não tem restaurante exactamente porque não precisa. Estacionado na Rua do Ouro, que liga o Terreiro do Paço ao Rossio, tem oferta gastronómica de todo o género num raio de 300 metros: tascas, restaurantes do mundo e pastelarias finas, mas também boas mercearias tradicionais, lojinhas gourmet e garrafeiras onde se pode abastecer para uma refeição igualmente típica. A vista a partir dos 37 quartos não é muito alargada, mas vale bem pelo facto de estar numa das ruas mais agitadas da Baixa. Tendo em conta a arquitectura de estilo pombalino, os quartos têm dimensões e organizações diferentes. Os estúdios, por exemplo, são os mais pequenos, mas também os mais charmosos, com tecto esconso e pequena varanda virada para a rua.