Quem não conece a Figueira da Foz não sabe que o Verão e o Inverno podem ter climas muito semelhantes. E não sabe também que a decisão de passar férias na Figueira da Foz é mais ou menos como aceitar um encontro às cegas: tanto pode correr bem como francamente mal. E a culpa disto é da inteira responsabilidade do clima, porque na mesma semana é perfeitamente possível cruzarem-se os dias mais soalheiros de que há memória com ventos furiosos e nevoeiros cerrados que nem deixam ver para que lado é o mar. Pode parecer má publicidade mas esta imprevisibilidade dos dias é o que dá charme à cidade.E verdade seja dita, nunca impediu as enchentes durante a época estival.
Conhecida, desde o início do século XX como “Rainha das Praias Portuguesas”, evoluiu de estância balnear dos ricos e abastados (sobretudo espanhóis e “coimbrinhas”), onde os bailes dançantes se estendiam noite dentro, para uma cidade moderna, atenta às novas tendências do turismo e que descobriu, finalmente, como se pôr a mexer fora da época alta.