A ele juntou-se a namorada, Eveline, holandesa e romancista, e juntos foram desbravando caminho até perceberem que tinham em mãos uma das 700 casas existentes em Portugal desenhadas por Raul Lino na década de 40. A ideia que inicialmente tinham de lixar a pedra da fachada foi imediatamente abandonada e o projecto foi retomado com o compromisso de preservar a traça original.
Mexer no mínimo indispensável, aproveitar o máximo possível, “em caso de dúvida pintar sempre de branco” e não meter arquitectos nem designers de interiores ao barulho foram as regras de ouro.
Esta é uma história que esteve quase para não acontecer. Chris Kraus, alemão, vivia em Londres até ao início do ano passado, onde trabalhava no sector bancário. Entretanto, a história do costume, apaixonou-se pelo país e mudou-se para Lisboa. Um dia decidiu que queria uma casa com um campo de basquetebol e em passeio pelas Azenhas do Mar, Sintra, reparou numa casa abandonada à beira da falésia da Praia da Aguda que lhe pareceu ter um cesto lá atrás. Não era esta de que falamos, era outra que entretanto já não se lembra onde, mas noutra prospecção de terreno, já sem grande esperança de se cruzar com um bom negócio, deu de caras com uma vivenda branca, linda, empoleirada na falésia e meteu na cabeça que havia de a comprar. Assinou o contrato em Outubro de 2017 e em Março do ano passado, num prazo histórico de cinco meses, conseguiu transformá-la no Outpost Casa das Arribas, um conjunto de cinco apartamentos de charme com cozinha e vista directa para o mar.
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