O arquitecto Pedro Brígida tem no currículo uma série
de projectos de construção
e reconversão de hotéis de luxo em Portugal. Situados em diferentes geografias, as semelhanças são fáceis de identificar no uso de materiais naturais, como as paredes em pedra e madeira, na geometria e aproveitamento do espaço
e nas janelas enormes e
sempre tão bem colocadas. As Casas do Vale do Ninho são
a continuação do percurso
do mestre, e resultam da transformação de antigos palheiros e casas de pedra numa experiência de imersão na natureza. A paisagem ajuda, é verdade. O facto de estar na cordilheira da Serra da Lousã, onde o verde é o mais verde que há e as panorâmicas tendem a ser generosas, contribui para o cenário perfeito mas sem um
Casas do Vale do Ninho
sofá para sentar, uma cama para dormir e uma mesa para comer, seria só um quadro bonito.
Nas casas, dois estúdios e uma villa, há conforto de sobra e está tudo muito bem arrumado em mezzanines de madeira
que separam os quartos da sala e da cozinha. Encaixam até 12 pessoas se forem reservadas
na totalidade ou entre três a cinco se funcionarem de forma independente. Para os dias de mais calor há uma piscina exterior. Quem dispensa os banhos de sol tem à disposição uma série de actividades para fazer a dois ou em família. Há trails de BTT para os miúdos, piqueniques na serra, sessões de geocaching para reconhecimento da aldeia – está em plena rede das Aldeias do Xisto, é de aproveitar! – e workshops de queijo artesanal, pão ou iniciação à horta biológica (35€ por família), que serve também para explicar a filosofia ambiental da casa. Os mais velhos podem ainda pedir uma massagem no quarto, aulas privadas de yoga e provas de vinhos numa adega parceira.
Apesar de todas as casas estarem equipadas com kitchenette, vale a pena subscrever o pacote de pequeno-almoço. É entregue numa cesta à hora desejada e inclui uma montra generosa de produtos locais, incluindo o irresistível pão do Sr. Horácio, a quem pode deixar feita a encomenda para os dias seguintes. Aceita animais.