Construído no século XIX como Real Observatório Astronómico, foi financiado pelo rei D. Pedro V, que quis ver em Portugal o progresso material e cultural que tinha visto noutros países. A geografia privilegiada da capital para algumas observações astronómicas foi fundamental para que a obra avançasse. Deixou de fornecer a hora legal portuguesa, mas disponibiliza um vasto acervo documental e bibliográfico na biblioteca de serviço e ainda dá a conhecer o património histórico da astronomia portuguesa. Os instrumentos utilizados por Gago Coutinho, que permitiram a primeira viagem aérea Portugal-Brasil no hidroavião Lusitânia, foram calibrados aqui.
No Observatório Astronómico de Lisboa prepare-se não para um salto no espaço, mas sim para um salto no tempo. É uma instituição científica do século XIX, quando a beleza ainda não tinha dado lugar ao ambiente asséptico. E está muitíssimo bem preservado. Chãos em madeiras valiosas, paredes com embutidos de mármore, mobiliário de época e sobretudo o equipamento científico histórico, nomeadamente o da incrível cúpula central, numa sala toda forrada a madeira, vão ficar-lhe na memória. Para não falar do piso superior, cuja cobertura é uma cúpula que gira a toda a volta, 360º, de forma a que se possa apontar o telescópio, com uma objectiva de 38 cm e uma distância focal de 7 metros, para qualquer direcção do universo.
Visitas guiadas gratuitas às quartas-feiras 15.00-16.00. Informações em geral@museus.ul.pt ou 21 392 1808/ 24/ 25.