O passeio começa com duas marchas, de Alfama e da Mouraria, disco de 78 rotações (alguns vão ter de investigar no Google), gravado em 1936, pela estrela do momento, Beatriz Costa (sai mais uma pesquisa).
A pretexto dos 80 anos da Rádio Pública em Portugal (que nasce com a Emissora Nacional, fundada em 1935), foram convidados diversos especialistas em música (e não só) para escreverem sobre discos icónicos e fundamentais, em diferentes épocas, até hoje. Foi necessário articular a pertinência de uns títulos, a preferência dos convidados por outros… e lá se chegou a este número mágico: 111.
Sem desprimor para ninguém (impossível citar todos, são 51), a lista de convidados contempla Adelino Gomes, Álvaro Costa, António Macedo, Jaime Fernandes, João Carlos Callixto, João Gobern, Júlio Isidro, Miguel Esteves Cardoso, Nuno Artur Silva, Rui Miguel Abreu, Tiago Pereira ou Viriato Teles, entre muitos, muitos outros.
As escolhas incluem Os Conchas (Caloiros da Canção), Filarmónica Fraude (Epopeia), José Afonso (Cantigas do Maio), Fernando Lopes Graça (Canções Heróicas/ Canções Regionais Portuguesas), Banda do Casaco (Dos Benefícios Dum Vendido No Reino Dos Bonifácios), Telectu (Ctu Telectu), Rão Kyao (Fado Bailado), Censurados, Maria João Pires (The Nocturnes), Gaiteiros de Lisboa (Boca do Inferno), Humanos ou Capicua (Sereia Louca), com muitas outras coisas pelo meio para recordar ou descobrir.
Exercício proposto: leia um destes textos por dia e escute o respectivo disco (bom, alguns não vai encontrar, mas não custa tentar).
Cento e Onze Discos Portugueses – A Música na Rádio Pública
Vários; Edições Afrontamento; 236 págs; 29 euros